Leite fala em uso político e eleitoral da vacina: 'Oportunista e mesquinho'
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), negou que tenha tentado interferir para adiar o início da campanha da vacinação. O político disse que apenas repassou ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), uma conversa com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Ramos.
"Este novo uso eleitoral, politico, da vacina é absolutamente indevido. Não é apenas injusto, é imoral, oportunista, antiético. Além de tudo é mesquinho. Nitidamente está também vinculado a uma perspectiva de vitória nas prévias do PSDB", disse, em coletiva de imprensa na tarde de hoje.
Leite disse que esse "factoide" foi gerado visando a disputa eleitoral e que a situação foi distorcida. Para o governador do RS, a história surgiu e foi fomentada por adversários de todos os lados.
Para ele, há uma tentativa de evitar sua vitória nas prévias do partido, marcada para o próximo domingo (21). Mas há, também, preocupação de adversários "da esquerda" por entenderem que a candidatura dele é a "mais competitiva no ano que vem".
Assim como Doria e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio, Leite participa das prévias do PSDB para concorrer à Presidência da República nas eleições de 2022. O político tem se colocado como alternativa para a chamada terceira via, que visa vencer o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual chefe da União, Jair Bolsonaro (sem partido).
Polêmica sobre vacinação
Sem dar detalhes sobre a ligação que recebeu do ministro, Leite disse que "nunca pediria que se adiasse vacinação no Brasil". De acordo com o governador, após a ligação e por observar o clima que se instalava no país a respeito de vacinas, decidiu "fazer um contato" com Doria para tentar uma conciliação política entre o governo de São Paulo e o governo federal.
Leite citou que, desde o fim de 2020 até o início desse ano, foram sucessivas remarcações e calendários, além do impasse sobre a aquisição ou não da CoronaVac pelo ministério da Saúde. Para ele, houve excesso de uso político de um lado e negacionismo do outro, e ambos ameaçavam o início da vacinação no Brasil. Também defendeu que Doria poderia ter convidado o ministério da Saúde para o evento de início da vacinação, em janeiro deste ano.
Para o governador do RS a intenção era, apesar das diferenças com governo Bolsonaro, "construir pontes" entre quem viabilizou a vacina e quem pagou por elas. E que, talvez por isso, o ministro tenha visto nele um "canal para a conciliação".
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