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Senador suspeita de ação de hacker nas prévias do PSDB: 'Por que parou?'

Do UOL, em São Paulo

22/11/2021 14h00Atualizada em 22/11/2021 15h18

O senador José Aníbal (PSDB-SP) levantou suspeitas de que o aplicativo das prévias do PSDB tenha sofrido algum ataque hacker, o que explicaria as falhas da plataforma na votação de ontem, que foi suspensa.

"Acho que houve outras dificuldades que eles não conseguiram identificar, e eu acredito até que tenha havido hackeamento. Tem que se deixar muito claro se houve ou se não houve", disse o senador ao UOL News, programa do Canal UOL.

Segundo Aníbal, os problemas no aplicativo destinado para as prévias começaram a acontecer por volta das 8h30 (horário de Brasília), cerca de uma hora e meia depois do início da votação pela plataforma, às 7h.

"Nessa votação das 7h às 8h30, votaram mais de 3 mil pessoas, funcionou bem", afirmou ele. Após esse período, porém, ele relatou que o reconhecimento facial da plataforma, que liberaria o filiado ao voto, passou a apresentar falhas de forma generalizada.

"Não é possível que a biometria facial, a partir das 8h30, passou a não reconhecer os que tinham se cadastrado. É muito pouco provável. A biometria facial contratada foi de uma grande empresa, não foi de uma qualquer", argumentou.

"Por que parou? Algo aconteceu", questionou o senador, que disse não crer que o reconhecimento tenha falhado de forma tão generalizada, embora também não descarte a possibilidade.

"Pode ter sido um problema com a biometria, mas eu, pessoalmente, acho que é pouco provável, já que a biometria foi toda ela feita nos últimos 40 dias. Não pode haver tanta diferença entre a fotografia de 40 dias atrás e uma de ontem", explicou.

Por ora, com o pleito suspenso, há uma indefinição sobre o futuro da votação das prévias, que também ficou marcada por brigas e um clima de constrangimento pela falha generalizada.

O governador de São Paulo, João Doria, e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio querem que a votação seja retomada no próximo domingo (28), enquanto o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, quer que ela seja concluída em até 48 horas.