Ex-deputado do PL pede para deixar partido após filiação de Bolsonaro
O ex-deputado federal Milton Monti comunicou hoje que pediu para deixar o PL (Partido Liberal) por não concordar com os "caminhos adotados pelo partido". O anúncio acontece pouco mais de uma semana após o presidente Jair Bolsonaro se filiar à sigla.
"Apresentei minha desfiliação ao PL - Partido Liberal após 19 anos. Quero agradecer na pessoa do Presidente e amigo Valdemar Costa Neto todos os amigos e companheiros valorosos que fiz ao longo desses anos. Considero que os caminhos adotados pelo Partido não coincidem mais com aqueles que sempre trilhei e vou continuar trilhando", escreveu nas redes sociais.
Monti foi deputado por São Paulo de 1999 a 2019. Ele se candidatou à mais um mandato em 2018, mas não conseguiu se eleger.
Antes dele, o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (AM) também deixou o partido após a chegada de Bolsonaro. "Seria um constrangimento para o presidente, para o partido, ter um dos seus membros criticando o presidente vez por outra, e seria por outro lado um constrangimento para mim ser filiado ao mesmo partido de um presidente que eu não acredito que seja o melhor para o futuro e o mais seguro para o futuro do nosso país", disse Ramos em entrevista à CNN Brasil após a desfiliação.
Bolsonaro se filiou ao PL no último dia 30, após ficar sem partido por três anos. Em 2019, ele deixou o PSL, pelo qual foi eleito, em meio a uma série de brigas internas. Ele tentou fundar a própria agremiação, Aliança pelo Brasil, mas fracassou —não obteve nem um terço das assinaturas exigidas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Desde o início da sua vida política, em 1989, Bolsonaro já passou por oito legendas.
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