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'Confio plenamente em você', diz Datena a Ciro, alvo de operação da PF

O apresentador vai disputar uma cadeira no Senado pelo PSD, e diz que pode apoiar Ciro na eleição. - Divulgação/PDT
O apresentador vai disputar uma cadeira no Senado pelo PSD, e diz que pode apoiar Ciro na eleição. Imagem: Divulgação/PDT

Colaboração para o UOL

15/12/2021 11h40Atualizada em 15/12/2021 11h46

O apresentador José Luiz Datena disse ao presidenciável Ciro Gomes (PDT) hoje (15), durante entrevista na Rádio Bandeirantes, que confia "plenamente" no ex-ministro da Fazenda. Mais cedo, o pedetista foi alvo de operação da Polícia Federal.

"Da minha parte, o respeito de um amigo de sempre, das horas boas e ruins, mas, principalmente, o respeito à sua histórica condição de não se dobrar à corrupção em 40 anos de vida pública. Eu confio plenamente em você", afirmou.

Lançado também como pré-candidato à Presidência pelo PSL, Datena deixou o partido após o início do processo de fusão com o DEM. Agora, o apresentador vai disputar uma cadeira no Senado pelo PSD, e diz que pode apoiar Ciro na eleição.

"Não impede eu estar no PSD e continuar achando o Ciro um grande cara, e até talvez ajudá-lo se for preciso politicamente. Minha admiração pessoal pelo Ciro é grande, se houver necessidade de uma ajuda minha, ele terá", disse Datena, em entrevista à Veja no mês passado.

A tendência, porém, é que pelo menos no primeiro turno o apresentador apoie oficialmente Rodrigo Pacheco (MG), nome que o PSD tenta viabilizar para as eleições de 2022. Datena disse à revista Veja que ninguém chega à presidência do Senado se não tiver qualidades.

Ciro rebate operação

Durante a entrevista a Datena, Ciro Gomes anunciou que vai acionar a Justiça contra os responsáveis pela operação da Polícia Federal na sua casa e de seus irmãos Lucio e Cid Gomes. "Uma parte da Polícia Federal claramente se entregou a Bolsonaro e está se prestando a qualquer tipo de serviço sujo", criticou.

O presidenciável ressaltou que a delação feita por um executivo da empreiteira Galvão Engenharia, em 2017, não o cita e que os recursos para a reforma do estádio do Castelão - pivô das investigações - foram oriundos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Nas redes sociais, Ciro escreveu: "Até esta manhã eu imaginava que vivíamos, mesmo com todas imperfeições, em um país democrático. Mas depois da Policia Federal subordinada a Bolsonaro, com ordem judicial abusiva de busca e apreensão, ter vindo a minha casa, não tenho mais dúvida de que Bolsonaro transformou o Brasil num Estado Policial que se oculta sob falsa capa de legalidade."