Randolfe indaga ministério e Anvisa sobre liberação de autoteste de covid
Diante do aumento de casos confirmados de covid-19 causados pela variante ômicron do novo coronavírus, o senador e vice-presidente da Frente Parlamentar do Observatório da Pandemia, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), questionou, em ofícios, o Ministério da Saúde e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) sobre a possibilidade de liberação dos autotestes para a detecção da doença no Brasil.
O assunto já é discutido nos bastidores do governo federal. O Ministério da Saúde deve enviar à Anvisa uma nota técnica solicitando a avaliação do autoteste para diagnóstico da covid-19.
Ao jornal O Estado de S.Paulo o secretário-executivo da pasta, Rodrigo Cruz, afirmou que o ministério concluiu que o exame pode ser uma "importante ferramenta de apoio" no combate ao coronavírus.
Atualmente, não é permitida no Brasil a venda de exames de antígeno para serem feitos em casa. O exame é feito com a coleta de material no nariz com o cotonete ou por saliva. O autoteste, porém, tem sensibilidade menor do que outros exames (como o RT-PCR) e está sujeito a erros de pessoas não treinadas.
Além disso, Randolfe questionou o Ministério da Saúde sobre outros pontos relacionados à testagem de covid-19:
- Em setembro, o Ministério da Saúde divulgou um plano nacional para expansão da testagem de covid-19 no Brasil, cuja meta era distribuir 60 milhões de testes até o final de 2021. Como está esse plano? Quantos testes foram efetivamente distribuídos e utilizados até agora?
- Tendo em vista o apagão de dados da saúde, onde esses números de testagem estão sendo atualizados? Há atualização periódica?
- Quais são os planos do Ministério da Saúde para 2022 no que diz respeito à testagem?
"Pelo que se observa até agora, os casos de covid causados pela variante ômicron parecem ser mais leves e até assintomáticos. Sendo assim, há o risco de uma "epidemia silenciosa" no país, se os testes de indivíduos assintomáticos não forem ampliados", escreveu Randolfe nos textos enviados.
Ele ainda ressaltou que países como Inglaterra, Estados Unidos e Alemanha disponibilizam autotestes de forma mais ampla e facilitada à população.
A Frente Parlamentar do Observatório da Pandemia foi criada no final do ano passado com o objetivo de acompanhar os desdobramentos e resultados da CPI da Covid. As frentes parlamentares são associações de senadores ou deputados federais de vários partidos para debater um determinado assunto que seja de interesse da sociedade.
O projeto aprovado sobre esse grupo afirma que seus membros terão a "finalidade de fiscalizar e acompanhar os desdobramentos jurídicos, legislativos e sociais da CPI da Pandemia de covid-19, assim como promover debates e iniciativas para fortalecer o Sistema Único de Saúde no Brasil e combater o novo coronavírus causador da pandemia de covid-19".
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