MP junto ao TCU pede apuração de gastos com internações de Bolsonaro
O Ministério Público junto ao TCU (Tribunal de Contas da União) pediu à corte, em ofício enviado hoje, que abra uma investigação sobre os gastos ligados às internações do presidente Jair Bolsonaro (PL) para tratar dos efeitos da facada que levou em 2018. Segundo o documento, a apuração é necessária "em face da falta de transparência sobre os valores envolvidos".
A base do pedido feito ao TCU é uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo, do último dia 7, que revelou um conflito entre as versões sobre o assunto apresentadas pelo Planalto e pelo hospital Vila Nova Star, em São Paulo, onde Bolsonaro foi internado três vezes desde o início do governo: uma em 2019, outra em 2021 e a última em janeiro deste ano.
Conforme mostrou o UOL, o hospital e o Planalto também não esclareceram como foi pago o avião que buscou em Nassau, nas Bahamas, o médico Antônio Luiz Macedo, que acompanha o quadro do presidente e interrompeu as férias às pressas.
"A despeito da necessidade das internações, o fato é que os gastos com a saúde do Presidente da República constituem despesas públicas e, como tal, devem primar pela transparência, o que não vem sendo observado pelos órgãos competentes", afirma o subprocurador-geral Lucas Furtado, que assina a representação ao TCU.
Segundo a reportagem da Folha, que serviu de base ao documento, o governo alegou que as faturas das internações passadas de Bolsonaro ainda não haviam sido apresentadas pelo Vila Nova Star. Já o hospital afirmou, por meio de nota, que todas as contas haviam sido "devidamente pagas pela Presidência da República, assim como ocorrerá com essa", referindo-se à internação mais recente.
Após ser novamente questionada, a secretaria-geral da Presidência informou que havia recebido, até aquele momento, apenas uma fatura, de R$ 7.500, relativa à internação de julho de 2021. Outras dúvidas, no entanto, ficaram em aberto.
Em nota enviada ao UOL, o hospital Vila Nova Star afirmou "que todas as contas vêm sendo apresentadas e regularmente pagas conforme documentação em posse do próprio poder público e, portanto, à disposição das autoridades competentes".
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