Queiroz critica dirigente do PTB e deve procurar outro partido, diz revista
Depois de costurar uma aproximação com o PTB, Fabrício Queiroz —policial militar reformado, ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e pivô do caso das rachadinhas na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro)— abriu fogo contra a presidente da sigla, Graciela Nienov.
Segundo reportagem da revista Crusoé, publicada hoje (22), Queiroz não considera mais a possibilidade de se filiar ao PTB e estaria em busca de uma nova agremiação a fim de concorrer a uma vaga de deputado federal nas eleições desse ano.
O texto da Crusoé relata que, um mês após se reunir com a dirigente partidária e ensaiar o ingresso no PTB, Queiroz publicou em suas redes sociais uma "reportagem crítica" a Graciela, datada de outubro do ano passado. O objeto da matéria seria o uso do fundo partidário para supostas mordomias pessoais.
Já em entrevista à revista, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro declarou que "nem chegou a entrar no PTB". "Com essa direção que está, quero distância. Ainda mais sabendo que o Jacaré [em referência a um ex-funcionário do presidente Jair Bolsonaro] está alinhado com a presidente que está mais enrolada que carretel de linha."
O apelido mencionado por Queiroz, Jacaré, pertence a Waldyr Ferraz, um antigo funcionário da família Bolsonaro no Rio de Janeiro —ele atuava como cabo eleitoral e realizava pequenas tarefas em favor do atual presidente da República desde que este se candidatou pela primeira vez a um cargo público, em 1989 (foi eleito vereador no Rio).
Em entrevista à Veja, nesta semana, Waldyr declarou que o presidente não tinha conhecimento do esquema de rachadinha (desvio de salários de funcionários lotados em gabinetes) envolvendo a família Bolsonaro (o pai e os filhos), mas que Queiroz e Ana Cristina Vale operavam os saques de funcionários. Ana Cristina é ex-mulher de Jair Bolsonaro.
Queiroz tem considerado há algum tempo a possibilidade de concorrer a uma vaga de deputado em Brasília.
Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, também nesta semana, ele afirmou que sua candidatura seria "independente". Na visão do PM reformado, com o apoio da família Bolsonaro, ele teria condições de se tornar o deputado mais votado do Rio.
"Quem me apoia são os conservadores, várias páginas de direita que, no privado, conversam comigo, falam que eu devo vir [candidato]. Então estou acreditando nisso aí e venho independente."
[Mas] Se eu tiver o apoio deles [família Bolsonaro], com certeza serei o deputado mais votado do Rio
Fabrício Queiroz, ao Estadão
Em junho do ano passado, a colunista do UOL Juliana Dal Piva já havia noticiado a intenção do ex-assessor de Flávio de ocupar uma cadeira na Câmara dos Deputados. À época, ele negou a pré-candidatura, mas disse ter sido uma "boa ideia".
"Obrigado por me informar sobre possível candidatura a deputado federal, pois nem eu mesmo sabia dessa pretensão. Mas, sabe, você me deu uma boa ideia", afirmou Queiroz.
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