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Queiroga: 'Quero ser lembrado como o homem que acabou com a pandemia'

Marcelo Queiroga, ministro da Saúde, também não acredita que postura antivacina de Bolsonaro influencie negativamente - Adriano Machado/Reuters
Marcelo Queiroga, ministro da Saúde, também não acredita que postura antivacina de Bolsonaro influencie negativamente Imagem: Adriano Machado/Reuters

Do UOL, em São Paulo

29/01/2022 17h32

Apesar de o Ministério da Saúde ter resistido à imunização infantil contra a covid-19, o ministro da Saúde Marcelo Queiroga quer ser lembrado como o homem responsável por dar fim à pandemia no Brasil. A declaração ocorreu durante uma entrevista de Queiroga ao jornal O Globo.

"Eu quero que (a história) me defina como o homem que acabou com a pandemia da covid-19", declarou.

Ao mesmo tempo, no entanto, o ministro disse que não pretende tornar a vacinação de crianças obrigatória no país. Na visão dele, a medida "mais atrapalha do que ajuda". Ao ser questionado se as dúvidas lançadas sobre a eficácia da vacina, feitas por Jair Bolsonaro (PL), descredibilizam o plano de imunização, Queiroga negou.

"O presidente tem uma natureza questionadora. Não atrapalha em nada. Ele colocou R$ 33 bilhões para comprar vacinas. A mim mesmo nunca fez nenhum tipo de movimento de resistência à vacina", disse o ministro.

Por reiteradas vezes, Bolsonaro não só pôs em dúvida a vacinação como a forma mais segura de combater o coronavírus como também recomendou medicamentos que não são capazes de combater a doença, como a cloroquina.

Para o ministro da Saúde, a vacinação do presidente é pessoal e não deve ser imposta. "Talvez se não houvesse essa pressão toda em cima dele, ele já tivesse tomado uma decisão em sentido contrário. Mas o presidente Bolsonaro, a mim, me cobra diariamente a respeito do ritmo da campanha de vacinação".

Uma verificação recente do UOL Confere mostra que o presidente Jair Bolsonaro não teve pressa em adquirir vacinas para que as imunizações fossem aceleradas no país.