Ministério lamenta mortes após chuvas, e secretário anuncia visita a SP

O Ministério do Desenvolvimento Regional, em nota divulgada hoje à tarde, lamentou as mortes ocorridas em várias cidades de São Paulo após as fortes chuvas que caíram em parte do estado e se colocou à disposição para ajudar no que for possível. O secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, coronel Alexandre Lucas, anunciou que visitará São Paulo amanhã para ver de perto os estragos e coordenar a ajuda por parte do governo federal.

A expectativa é que o coronel Alexandre Lucas se reúna com o governador João Doria (PSDB) na capital paulista.

Relacionadas

Bolsonaro e ministro passeiam de moto em área rural e visitam mercado no DF

Franco da Rocha: Prefeitura, Câmara e delegacias ficam alagadas após chuvas

SP: Moradores fazem mutirão para encontrar soterrados em Franco da Rocha

Segundo o Ministério do Desenvolvimento Regional, o secretário está em contato com a coordenação estadual da Defesa Civil e recursos federais estão à disposição de São Paulo. A pasta, porém, não detalhou quais seriam esses recursos.

"O Ministério do Desenvolvimento Regional informa que está acompanhando a situação das chuvas em São Paulo. Lamentamos as vidas perdidas e estamos à disposição do estado. O Secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, coronel Alexandre Lucas, está em contato com a coordenadoria estadual de Defesa Civil e colocou todos os recursos federais à disposição do estado de São Paulo", diz a nota.

Em entrevista à GloboNews, Alexandre Lucas também falou, sem detalhar, em recursos: "É importante nós levarmos não só a solidariedade do governo federal, mas principalmente levar recursos do governo federal".

O presidente Jair Bolsonaro (PL) não havia se manifestado sobre o tema até a última atualização desta reportagem.

Chuvas causaram ao menos 19 mortes

As chuvas que atingem o estado de São Paulo desde a madrugada deste domingo (30) causaram ao menos 19 mortes na Grande São Paulo e no interior do estado.

Entre as vítimas estão 12 adultos e sete crianças. Os óbitos foram confirmados em Arujá, Embu das Artes, Ribeirão Preto, Várzea Paulista, Franco da Rocha e Francisco Morato. Cerca de 500 famílias ficaram desalojadas nas últimas 24 horas, segundo o governo estadual.

De acordo com o balanço do governo do estado, uma morte ocorreu no Arujá, enquanto outras quatro foram registradas em Francisco Morato. Já em Embu das Artes, os óbitos foram três. Em Franco da Rocha quatro pessoas morreram e outras estão desaparecidas.

A região que mais teve óbitos é a de Várzea Paulista, enquanto Jaú e Ribeirão Preto registraram uma morte em cada município.

As informações foram confirmadas pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que sobrevoou as regiões alagadas no início da tarde.

Diante dos estragos, Doria prometeu destinar R$ 15 milhões aos municípios, em caráter emergencial. O valor será distribuído de acordo com a gravidade da situação de cada local e deve ser utilizado para o aluguel social e obras de encosta.

Em entrevista mais cedo, Doria disse que mudanças climáticas afetam o Brasil e o exterior. Embora tenha dito que não se deve transferir a responsabilidade à questão climática pelos problemas ocorridos, destacou ser preciso uma atenção maior por todos.

Ele também cobrou ajuda do governo federal afirmando ser importante que a União "não só se manifeste, como destine recursos e apoio para que prefeitas e prefeitos se sintam acolhidos".

Doria é cotado como pré-candidato à Presidência da República e adversário direto de Jair Bolsonaro, que pretende se reeleger ao Planalto nas eleições de outubro.

Hoje pela manhã, Bolsonaro andou de motocicleta nos arredores de Brasília.

Vacinação deve ser retomada amanhã

As chuvas ainda causaram inundações em diversos municípios e a vacinação contra a covid-19 teve que ser cancelada na capital. A decisão foi tomada para preservar a segurança de munícipes e servidores, já que as vacinas seriam aplicadas em áreas abertas.

A previsão é que a vacinação seja retomada normalmente amanhã (31) nas UBS (Unidades Básicas de Saúde), megapostos e drive thrus.