Presidente do PTB pede retirada de grupo de Jefferson da sede do partido
A presidente do PTB, Graciela Nienov, entrou no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para pedir a reintegração de posse do diretório nacional do partido, em Brasília. A dirigente contesta a decisão do presidente de honra da legenda, o ex-deputado Roberto Jefferson, de demiti-la do comando da agremiação, no último domingo.
Segundo o processo apresentado pela defesa de Nienov, "pessoas do grupo político do ex-presidente [Jefferson] estão de posse do escritório" da sigla na capital federal. Eles pedem ao TSE que mande desocupar o local, "inclusive com a garantia de força policial", e bloqueie as senhas dos partidários de Jefferson aos sistemas da Justiça Eleitoral.
Jefferson está em prisão domiciliar desde o dia 24, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Ele passou mais de cinco meses em Bangu 8, no Rio, detido por ameaças a ministros da Corte e suspeita de envolvimento em uma milícia digital que atenta contra a democracia.
No último domingo, o político bolsonarista anunciou a saída de Graciela Nienov da presidência nacional da sigla. Ao TSE, contudo, Nienov argumenta que Jefferson foi afastado do comando do partido por decisão de Moraes, em novembro, "tendo sido substituído definitivamente" por ela em convenção nacional da legenda.
Jefferson anunciou a saída de Nienov da sigla após a divulgação de áudios vazados de um grupo de WhatsApp em que ela supostamente afirma ter marcado reunião com Moraes. "Graciela me desqualificou, me traiu e quis apagar o meu legado e as minhas lutas", afirmou em carta o ex-deputado.
A briga
Na prática, Nienov está à frente do PTB desde agosto, quando Jefferson foi preso. Em novembro, ela foi eleita para a presidência por unanimidade e com apoio de Jefferson, que foi transformado em presidente de honra e escreveu uma carta da prisão celebrando a escolha.
No domingo, porém, Jefferson divulgou uma carta em que se identifica como um "preso político" e critica a filha, Cristiane Brasil, que o ex-deputado também acusa de tê-lo traído.
A ex-deputada, que chegou a ser ministra no governo Temer, anunciou em dezembro a desfiliação do PTB em meio a uma disputa com Nienov. "Para deixar claro: não voltaria ao partido nem que o meu pai me pedisse perdão de joelhos", disse ela após a publicação da carta do pai.
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