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Mercadante sobre pré-candidaturas de Boulos e França: 'Haddad está em 1°'

Colaboração para o UOL

03/02/2022 12h21Atualizada em 03/02/2022 14h08

O ex-ministro da Educação Aloizio Mercadante (PT) defendeu, durante UOL Entrevista hoje, a pré-candidatura de Fernando Haddad (PT) ao governo de São Paulo. Presidente da Fundação Perseu Abramo, ele disse respeitar Guilherme Boulos (PSOL) e Márcio França (PSB), mas ressaltou a liderança do ex-prefeito da capital paulista nas pesquisas.

"Quem tem estrutura partidária somos nós. Quem o Alckmin está sinalizando apoiar somos nós. Mesmo tendo força em outros estados, vamos ter que ceder. Mas quem está em primeiro nas pesquisas em São Paulo é o Haddad", disse Mercadante.

Segundo pesquisa Datafolha divulgada em dezembro, Geraldo Alckmin (sem partido) lidera, com 28% das intenções de voto (tinha 26% em setembro), seguido por Haddad, com 19% (tinha 17%), França (PSB), com 13% (tinha 15%), e Boulos (PSOL), com 10% (tinha 11%). No segundo cenário, sem Alckmin e com Rodrigo Garcia (PSDB), Fernando Haddad lidera, com 28% das intenções de voto (tinha 23%). Seguido por Marcio França, com 19% (mesmo índice anterior) e Guilherme Boulos, com 11% (mesmo índice anterior).

Com Alckmin (sem partido) fora da disputa, 30% dos seus eleitores optaram por Haddad, 19% por França e 13% por Rodrigo Garcia.

O ex-ministro admite abrir mão de candidaturas em estados como Pernambuco e Espírito Santo, onde também há um imbróglio em relação às pré-candidaturas. No estado nordestino, o impasse se dá porque o PT apresentou o nome do senador Humberto Costa, enquanto o PSB - atual mandatário - não lançou nome. No segundo estado, Fabiano Contarato (PT) e Renato Casagrande (PSB) são especulados na disputa.

Mercadante candidato?

Durante a entrevista, o ex-ministro Aloizio Mercadante garantiu que não vai ser candidato nas eleições deste ano. Porém, questionado sobre ocupar um ministério num eventual governo Lula (PT), o petista se esquivou.

"Farei o que for preciso para ganhar a eleição e ajudar Lula a governar. O que ele precisar, pode contar comigo. Mas estou muito bem como presidente da fundação", disse.

Mercadante estima que ainda neste mês as negociações avancem e o nome de Alckmin como vice do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se consolide. "Todos os gestos que eu vi do Lula foi na defesa do Alckmin como vice; eu trabalho com esse cenário. Acho isso o mais provável", admitiu.

O ex-ministro reforçou a tentativa do PT de garantir uma aliança com o PSD ainda no primeiro turno, para formar maioria no Congresso. "No Senado só vamos disputar 1/3 das vagas, 54 são os que já estão lá, e na Câmara tem o 'orçamento secreto', então teremos um nível de reeleição muito alto. Precisamos construir maioria."