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Bolsonaro ataca MST e diz que 'deu dignidade a pessoal que era escravizado'

Do UOL, em Brasília

11/02/2022 11h05

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou hoje que, durante o seu mandato (iniciado em janeiro de 2019), o governo federal teria concedido mais títulos de propriedade à população do campo "do que nos últimos 20 anos". O governante também voltou a atacar o MST (Movimento Sem Terra) e declarou que as titularizações deram "dignidade ao pessoal que era escravizado".

Já titularizamos mais pessoas do que nos últimos 20 anos de governo. Demos dignidade ao pessoal que era escravizado pelo MST
Jair Bolsonaro

Em contraponto ao raciocínio, Bolsonaro disse lamentar o impacto da pandemia da covid-19, indicando que supostos avanços foram contidos em razão dos efeitos da crise sanitária na economia.

"Agora, a gente lamenta a pandemia. Porque, além das mortes, a economia nossa deu uma trancada aí."

A declaração ocorreu hoje durante conversa com militantes na saída do Palácio da Alvorada, residência oficial da chefia do Executivo, em Brasília.

Bolsonaro, que será candidato à reeleição em outubro deste ano, também repetiu ter "tirado o dinheiro de ONGs" que, segundo ele, financiavam o MST. De acordo com o seu raciocínio, isso teria resultado na diminuição de invasões de terra pelo Brasil.

"Tirei dinheiro de ONGs do MST, não tem mais MST. O número de invasões era menos de dez por ano. Resolvi rapidamente. Demos o porte de arma para o fazendeiro. Estamos criando mais de 1000 CACs por dia. Sempre defendi o povo de bem armado."

O presidente declarou ainda que, durante o governo, "não foi demarcada nenhuma terra indígena". "No meu governo nenhuma terra indígena foi demarcada, já temos 14% demarcados no Brasil."