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Silveira diz que não vai ser líder de Bolsonaro: 'Compromisso com mineiros'

O atual suplente de Antonio Anastasia, o senador Alexandre Silveira, foi cotado para assumir a liderança do governo no Senado - PSD-MG/Divulgação
O atual suplente de Antonio Anastasia, o senador Alexandre Silveira, foi cotado para assumir a liderança do governo no Senado Imagem: PSD-MG/Divulgação

Do UOL, em São Paulo

16/02/2022 22h34

O senador Alexandre Silveira (PSD-MG) disse hoje que não deve assumir como novo líder do governo no Senado. Segundo o político, ele refletiu que o melhor a se fazer é "ajudar nas questões e nas pautas que interessam a nação brasileira" de maneira "independente".

"Depois de tomar posse eu analisei que tenho o compromisso de me apresentar aos mineiros, defender o estado de Minas e servir ao Brasil. Portanto minha grande oportunidade agora é essa, de forma independente, ajudar nas questões e nas pautas que interessam a nação brasileira", disse, em entrevista à CNN Brasil.

Silveira foi convidado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para assumir o posto em janeiro. À época, ele evitou avaliar a proposta antes de tomar posse como senador. O senador é suplente de Antonio Anastasia (PSD-MG), que deixou o Senado para ser ministro do TCU (Tribunal de Contas da União).

Convite dividiu o partido

Conforme apurou o UOL, o convite repercutiu negativamente em parte da bancada de senadores do PSD. Em especial, entre quem está ao lado da oposição ao governo Bolsonaro, com o mandato na Casa terminando e com pretensão de sair candidato nas eleições de outubro.

O PSD ameaçou barrar Alexandre Silveira de assumir o cargo de líder do governo no Senado devido a divergências internas no partido. Na legenda, alguns sugeriram que, se quiser tanto a posição, o senador deve se desfiliar do partido, do qual compõe a Executiva Nacional.

Outro ponto que joga contra Silveira assumir a liderança do governo é a pré-candidatura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), à Presidência da República. Silveira é muito próximo de Pacheco, mas assumir o cargo significaria enterrar qualquer pretensão do PSD ao Executivo federal.