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Bolsonaro em memorial aos judeus: 'História pode se repetir'

Bolsonaro visitou a Hungria para se reunir com o primeiro-ministro do país, Viktor Orbán, a quem chamou de "irmão" - Alan Santos/PR
Bolsonaro visitou a Hungria para se reunir com o primeiro-ministro do país, Viktor Orbán, a quem chamou de "irmão" Imagem: Alan Santos/PR

Colaboração para o UOL

18/02/2022 10h32Atualizada em 18/02/2022 11h26

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse ontem, durante visita a um memorial aos judeus mortos por nazistas na Segunda Guerra Mundial, que a "história pode se repetir."

"Quem acha que a história pode não se repetir está completamente enganado. A história pode se repetir, inclusive pior", disse, no Memorial Shoes on the Danube, na Hungria.

A declaração de Bolsonaro aparece em um vídeo compartilhado pelo filho Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) nas redes sociais.

Presidente compara nazismo ao comunismo

Em nota de repúdio ao nazismo, na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro citou o comunismo ao afirmar que "outras organizações que dizimaram milhões de inocentes ao redor do mundo" também precisam ser combatidas.

"A ideologia nazista deve ser repudiada de forma irrestrita, sem ressalvas que permitam seu florescimento", escreveu o presidente em suas redes sociais.

A manifestação de Bolsonaro veio um dia depois de o procurador-geral da República, Augusto Aras, determinar a abertura de inquérito para apurar suposta prática de crime de apologia ao nazismo pelo deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) e pelo influenciador digital Monark.

Bolsonaro chama Orbán de "irmão"

Bolsonaro visitou a Hungria para se reunir com o primeiro-ministro do país, Viktor Orbán, a quem chamou de "irmão" , dadas as afinidades entre os dois —ambos representam o segmento da extrema direita, com foco no eleitorado conservador.

"Essa nossa passagem por aqui é rápida. Mas deixará um grande legado para os nossos povos. Acredito na Hungria e no prezado Orbán, que eu trato praticamente como um irmão, dadas as afinidades que nós temos na defesa dos nossos povos e na integração dos mesmos", declarou Bolsonaro.

Orbán é tido na Europa como uma inspiração para movimentos de ultradireita. Desde que chegou ao poder, em 2010, o primeiro-ministro tem adotado medidas consideradas autoritárias e, assim como Bolsonaro, acumula atritos com os poderes Legislativo e Judiciário, com a imprensa e com o setor da educação.