Topo

Esse conteúdo é antigo

Janaina Paschoal diz que Bolsonaro não a apoia ao Senado por 'medo dela'

Janaína Paschoal é pré-candidata ao Senado por São Paulo - Edilson Rodrigues/Ag. Senado
Janaína Paschoal é pré-candidata ao Senado por São Paulo Imagem: Edilson Rodrigues/Ag. Senado

Do UOL, em São Paulo

23/02/2022 18h15

A deputada estadual Janaina Paschoal disse que o presidente Jair Bolsonaro (PL) não apoia a sua candidatura à única vaga de São Paulo ao Senado por medo dela e que acha natural o chefe do Executivo ir em busca de alternativas, como o nome do apresentador José Luiz Datena. A declaração foi feita pela parlamentar em entrevista à revista "Veja", nesta quarta-feira (23).

Bolsonaro tem medo de mim. Acho natural ele buscar uma alternativa (...) Preciso dar uma opção para São Paulo. Deus decide por meio do povo. Janaina Paschoal

Questionado pela publicação sobre o motivo pelo qual o presidente teria medo dela, Janaína respondeu.

"Ele não lida bem com independência. Ele sabe que, no Senado, não serei pau mandado de ninguém, como não sou agora, mas com mais poder. Ele está acostumado com apoiadores por adesão", afirmou.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) foi criticado por apoiadores, depois de defender a candidatura do apresentador José Luiz Datena ao Senado. Datena, como se sabe, indicou em novembro a sua disposição em ajudar a campanha do rival Ciro Gomes (PDT) à presidência da República.

Nesta terça-feira (22), depois de ser questionado por simpatizantes sobre quem ele apoiaria nas eleições para o Senado, Bolsonaro defendeu publicamente a candidatura do apresentador José Luiz Datena e disse que ele "tem potencial para chegar lá".

Eu não ia falar, mas eu já conversei com o Datena. Eu sei que todo mundo tem uma crítica ou não, mas você precisa ter um nome que vai chegar. Foi conversado com ele. Foi conversado com ele. Presidente Jair Bolsonaro a apoiadores

Nas redes sociais, a repercussão com a fala de Bolsonaro foi imediata e alguns apoiadores criticaram a decisão de Bolsonaro de apoiar Datena e não a outros aliados, como o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles ou a médica Nise Yamaguchi.