Topo

Esse conteúdo é antigo

Boulos reage às críticas de filhos de Bolsonaro: 'Vagabundo' e 'Bananinha'

Guilherme Boulos - Ana Paula Paiva/Valor
Guilherme Boulos Imagem: Ana Paula Paiva/Valor

Do UOL, em São Paulo

10/03/2022 21h49

Guilherme Boulos (PSOL), líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e cotado para disputar o pleito pelo governo de São Paulo, criticou os comentários de filhos do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre um vídeo no qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) diz querer dar maior protagonismo do movimento caso seja reeleito este ano.

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) repercutiu uma notícia com a fala de Lula a respeito do MTST e disse: "O ladrão de nove dedos vai tirar sua arma, sua casa e sua liberdade! Você que trabalha e produz não vai ter direitos, sabe quem vai ter direitos? O vagabundo que invadiu a sua terra!".

Em resposta no Twitter, Boulos acusou Flávio de fazer "rachadinha com [Fabrício] Queiroz", comprar "mansão de R$ 6 milhões sem explicar a fonte" e indicar "seu advogado pra uma boquinha no Ministério da Justiça".

"E acha que tem moral pra chamar alguém de vagabundo. Logo você,
Flávio Bolsonaro, o maior vagaundo da República", retrucou o político do PSOL.

Já o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) disse que "sem estar na presidência" Lula negocia "propriedade que não é dele em troca de apoio (aqui de Boulos/PSOL), imagine o que não prometeu sobre ministérios e estatais".

"Você não é aquele moleque que queria ganhar uma embaixada de presente do papai, Eduardo Bolsonaro? Lava a boca pra falar do MTST, Bananinha!", respondeu Boulos na rede social.

Lula quer MTST como "sujeito"

Em vídeo, Lula disse ter uma "gratidão muito grande" ao MTST pelo apoio que recebeu do grupo quando foi investigado e condenado na Operação Lava Jato. Assim, o ex-presidente falou que o movimento será "sujeito" e não "coadjuvante" nas decisões sobre habitações, caso seja reeleito este ano.

"Vão ter que ajudar a construir programa, ajudar a conquistar e a governar", reforçou. "Se a gente voltar a governar esse país não pense que vai ter moleza não. Nós vamos nos encontrar muitas vezes. Para discutir a qualidade da casa, como gerenciar essas casas, e vocês irão assumir responsabilidades", completou.

"Eu conversei com o companheiro Boulos sobre a situação que estamos fazendo agora. Muitos projetos de casas foram abandonados. O Minha Casa Minha vida parou", afirmou o petista.