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Aras diz que PGR não foi acionada sobre denúncias no MEC

Procurador-geral da República, Augusto Aras - Divulgação/PGR
Procurador-geral da República, Augusto Aras Imagem: Divulgação/PGR

Do UOL, em São Paulo

22/03/2022 14h58Atualizada em 22/03/2022 18h41

O procurador-geral da República, Augusto Aras, disse que a PGR (Procuradoria-Geral da República) ainda não foi acionada sobre as denúncias envolvendo a gestão de Milton Ribeiro no MEC (Ministério da Educação).

Em entrevista à revista Veja, Aras afirmou que a PGR ainda não recebeu nenhuma representação "decorrente de informações divulgadas em matérias jornalísticas que tratam de aspectos relacionados ao funcionamento do Ministério da Educação".

"Como de praxe, qualquer representação acerca do tema que eventualmente seja protocolada, será devidamente analisada pela assessoria competente e as providências cabíveis tomadas e informadas nos respectivos autos", Aras disse à revista.

Favorecimento de pastores

Áudios revelados ontem pelo jornal Folha de S. Paulo mostram Milton Ribeiro afirmando que o governo federal prioriza prefeituras ligadas a dois pastores sem cargos na pasta, que atuariam em um esquema informal de obtenção de verbas do MEC. De acordo com o ministro, este teria sido um pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Já o Estado de São Paulo revelou ontem e hoje a existência de um "gabinete paralelo" no ministério e que pastores ligados a ele conseguiram pagamentos e reservas de valores — chamados de empenhos — estimados em R$ 9,7 milhões em tempo recorde de poucos dias ou semanas depois de realizarem agenda com a pasta.

As denúncias fizeram com que parlamentares pressionassem o Congresso para uma apuração da denúncia. No UOL News desta manhã, o senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) disse que acionará a PGR contra Ribeiro, por provável crime de improbidade e tráfico de influência.

"Esse ministro nunca tinha que ter entrado, mas, considerando o histórico do Bolsonaro, o mais provável é que ele receba uma medalha. A gente chegou nesse nível de cinismo. É preciso alertar as pessoas. Isso é caso de demissão e, depois de um processo, é caso de cadeia", disse Vieira.