Randolfe vai ao STF por impeachment de ministro da Educação
O senador Randolfe Rodriges (Rede-AP) enviou hoje, ao STF (Supremo Tribunal Federal), um pedido de impeachment contra o ministro da Educação, Milton Ribeiro. O parlamentar acusa Ribeiro de crime de responsabilidade, devido às suspeitas de que estaria priorizando a liberação de verbas da pasta para prefeituras com base nas indicações de dois pastores sem cargo no governo federal.
Randolfe pediu ao STF o afastamento imediato de Ribeiro, enquanto durarem as investigações, e a tomada de depoimentos de nove testemunhas, inclusive o presidente Jair Bolsonaro (PL). Em áudio divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo, Ribeiro diz que deu prioridade a um dos pastores devido a "um pedido especial que o presidente da República" teria feito a ele.
"Com efeito, o fato de o Governo Federal aparentemente priorizar prefeituras cujos pedidos de liberação de verba foram negociados por dois pastores que não têm cargo e atuam em um esquema informal de obtenção de verbas do MEC é um acinte dentro de um estado que se diga Republicano e de Direito, que não deveria guardar preferências senão aquelas puramente apontadas pela técnica e pelo melhor interesse público", afirmou Randolfe no pedido.
Desde ontem, quando as revelações vieram à tona, o STF e a PGR (Procuradoria-geral da República) têm recebido pedidos de investigação contra o ministro. Segundo a colunista Carla Araújo, do UOL, o PGR Augusto Aras já decidiu que pedirá ao Supremo a abertura de um inquérito.
Até o momento, Ribeiro tem negado irregularidades. O ministro ligou para o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e afirmou que dará explicações. A bancada evangélica no Congresso, fiadora da indicação que levou Ribeiro ao comando da pasta, também pediu que o ministro dê esclarecimento sobre os "sérios" áudios que vieram a público.
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