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Bancada evangélica pede mais explicações do ministro da Educação

Deputado Sóstenes Cavalcante - Eduardo Militão/UOL
Deputado Sóstenes Cavalcante Imagem: Eduardo Militão/UOL

Eduardo Militão

Do UOL, em Brasília

23/03/2022 17h25Atualizada em 23/03/2022 18h19

O presidente da frente parlamentar evangélica da Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), afirmou que o ministro da Educação, Milton Ribeiro, deve prestar mais explicações sobre os "sérios" áudios de suas conversas. Esse é o pedido da maioria dos mais de 100 integrantes da bancada, mas não há prazo para que os esclarecimentos sejam feitos.

As declarações foram dadas hoje (23) em entrevista coletiva no Salão Verde da Câmara, em Brasília. "Em caso de serem encontrados atos ilícitos, que sejam punidos."

Nesta semana, áudios divulgados pelo jornal Folha de S.Paulo mostraram Ribeiro afirmando que priorizava o atendimento de pedidos de verbas de municípios que eram indicados por dois pastores evangélicos.

Além disso, um prefeito afirmou que um dos pastores citados teria pedido propina em ouro para a liberação de verbas no ministério.

Sóstenes disse que a bancada evangélica não indicou nenhum ministro do governo. Por isso, não poderiam exigir a saída de nenhum deles. Ele afirmou que não seria feito nenhum pedido de investigação ao Ministério Público e à Polícia Federal porque não receberam uma "denúncia concreta".

Sóstenes disse que a bancada quer que Ribeiro explique a parte do áudio em que ele faz menção à contrapartida em dinheiro às igrejas. O deputado disse que isso não tem sentido, porque igrejas não podem receber dinheiro do Executivo.

Após o fim da entrevista coletiva, o deputado afirmou ao UOL que, apesar de a bancada não ter dado prazo ao ministro, o ideal seria que Ribeiro desses esclarecimentos "ainda hoje". "As explicações podem ser prestadas de qualquer forma, como entrevista coletiva e transmissão de vídeo ao vivo na internet", completou.