Sakamoto: Caso de pastores no MEC vai 'acabar em pizza'
O colunista do UOL Leonardo Sakamoto disse acreditar que o caso dos pastores que, mesmo sem ter um cargo no governo, eram responsáveis por direcionar recursos do MEC (Ministério da Educação) para prefeituras vai "acabar em pizza", ou seja, sem nenhuma consequência para os envolvidos.
Para ele, isso deve acontecer porque o presidente Jair Bolsonao (PL) não tem interesse em mudar a situação, uma vez que os áudios do ministro Milton Ribeiro apontam que tudo acontece devido a ordens de Bolsonaro. Em comentário durante o UOL News de hoje, Sakamoto afirmou que o ministro apenas segue ordens do presidente.
"Afetando o ministro Milton Ribeiro, afeta o próprio Jair Bolsonaro. O ministro Milton Ribeiro é um ventríloquo nas mãos de Bolsonaro", opinou. "Bolsonaro não tem interesse nenhum que essa história caminhe porque significa que ele vai ter problemas", completou.
Sakamoto também apontou que apesar de ser um pastor evangélico, Milton Ribeiro não é um representante da bancada evangélica ou do centrão no governo, portanto não tem compromisso com nada além de si próprio e do próprio presente. "Para o Bolsonaro é ruim que [o ministro] caia, porque sei lá se o Milton vai cair atirando, afinal de contas foi um pedido do presidente [incluir os pastores no ministério]", analisou Sakamoto.
Segundo noticiou Josias de Souza, outro colunista do UOL, o ministro Milton Ribeiro cogitou colocar o cargo à disposição do presidente, mas foi impedido por Bolsonaro. O presidente chegou a dizer que não vê "nada de mais" no fato de o ministro ter admitido em gravação que prestigia os pastores graças a um "pedido especial" do presidente.
"Como a gente tem uma máquina da República azeitada para produzir pizzas com sabor Jair Messias, no final das contas as coisas ficam como estão", concluiu Leonardo Sakamoto.
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