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Deltan Dallagnol diz que não seguirá Sergio Moro e continuará no Podemos

Deltan Dallagnol e Sergio Moro em evento do Podemos - Theo Marques/UOL
Deltan Dallagnol e Sergio Moro em evento do Podemos Imagem: Theo Marques/UOL

Do UOL, em Sâo Paulo

31/03/2022 19h02

O ex-procurador do MPF (Ministério Público Federal), Deltan Dallagnol, pré-candidato a uma vaga na Câmara dos Deputados, afirmou hoje que não seguirá o ex-ministro Sergio Moro na nova legenda e que continuará no Podemos. Moro anunciou a sua filiação ao União Brasil (resultante da fusão entre DEM e PSL).

Me filiei ao Podemos pelo histórico de votação do partido no combate à corrupção e nada disso mudou. Sigo com meu projeto independente para a Câmara dos Deputados e com meu compromisso, junto à sociedade civil, de renovação e aprimoramento político do Congresso Nacional. Deltan Dallagnol

Deltan Dallagnol, que foi coordenador da força-tarefa da Lava Jato, se filiou em dezembro do ano passado ao Podemos, partido chegou a lançar a pré-candidatura de Sergio Moro à presidência da República.

Ao discursar, na ocasião, Dallagnol usou da fala para criticar o STF (Supremo Tribunal Federal) que, segundo ele, "anulou os avanços" que teriam sido promovidos pela Lava Jato e promoveu "retrocessos", em especial, na decisão do Supremo sobre a prisão em segunda instância.

Já o ex-juiz Sergio Moro reconheceu hoje que desistiu, "neste momento", de disputar a Presidência da República. Em nota publicada em suas redes sociais, Moro confirmou que se filiou ao União Brasil e que não deverá concorrer ao Planalto, em outubro.

Há a expectativa de que Moro passe a mirar uma vaga na Câmara dos Deputados por São Paulo, no novo partido, mas ele não tratou do assunto no comunicado. O ex-magistrado afirmou apenas que vai contribuir na busca por uma candidatura de terceira via à Presidência.

Moro fez a troca de legenda no penúltimo dia da janela partidária, que se encerra amanhã. Até então, o ex-ministro da Justiça estava filiado ao Podemos e vinha oscilando entre a 3ª e a 4ª colocação nas pesquisas para Presidente, sem chegar a alcançar dois dígitos de intenção de voto. Um dos motivos para a saída de Moro do Podemos teria sido financeiro.