PSOL aciona MPF contra Bolsonaro e Braga Netto por nota pró-golpe de 64
Deputados da bancada do PSOL na Câmara protocolaram hoje uma representação no MPF (Ministério Público Federal) pedindo a investigação do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do agora ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto por danos morais e coletivos em razão da "divulgação de mensagens de natureza eminentemente antidemocrática" relacionada ao golpe militar de 1964.
As mensagens estavam em uma nota do governo, publicada ontem. No documento, os deputados do PSOL descrevem que "a Ordem do Dia tenta alterar a história e busca justificar o golpe contra a democracia".
"Sem esconder suas intenções antidemocráticas, a nota começa afirmando que 'O Movimento de 31 de março de 1964 é um marco histórico da evolução política brasileira, pois refletiu os anseios e as aspirações da população da época'", dizem os deputados.
No documento, a bancada expõe censuras, cassações e outros "horrores do período", que ocorreram durante a ditadura militar no Brasil. Além disso, lembra que membros do governo de Bolsonaro já haviam cometido o crime de apologia anteriormente.
Em nota, governo celebrou golpe
Na véspera do dia em que marca os 58 anos do golpe que deu início à ditadura militar no país, que durou de 1964 até 1985, o então ministro da Defesa, Walter Braga Netto, disse, em nota, que a data "fortaleceu a democracia" e foi "um marco histórico da evolução da política brasileira". O texto foi publicado ontem.
Além disso, o ministro afirmou que o golpe combateu "os ideais antidemocráticos da intentona comunista". Braga Netto afirmou, ainda, que as instituições se fortaleceram e "as Forças Armadas acompanharam essa evolução".
Já hoje, o presidente Jair Bolsonaro disse que o país seria uma "republiqueta" se não fossem as obras do "governo militar".
O Brasil viveu os momentos mais duros da sua história recente na época da ditadura militar, que durou 21 anos. O período foi marcado por torturas e ausência de direitos humanos, censura e ataque à imprensa, baixa representação política e sindical, precarização do trabalho, além de uma saúde pública fragilizada, corrupção e falta de transparência.
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