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Moro, Datena, Bolsonaro: relembre passagens relâmpago por partidos

Fredy Uehara/LIDE
Imagem: Fredy Uehara/LIDE

Do UOL, no Rio

01/04/2022 04h00

Em meio à desistência da corrida pela Presidência da República, Sergio Moro anunciou também seu novo partido, o União Brasil, apenas cinco meses após se filiar ao Podemos. O presidente do antigo partido diz que soube da mudança pela imprensa.

Assim como o ex-ministro da Justiça, outros figurões também tiveram passagens relâmpago por partidos. Há aqueles que ainda têm destaque na política nacional, e outros que tiveram pouco tempo de protagonismo e seguiram (ou voltaram) a suas carreiras de origem.

Relembre algumas passagens relâmpago:

Sergio Moro

Moro escolheu o Podemos como partido político para tentar chegar ao Palácio do Planalto. Após quase cinco meses (que seriam completados no próximo dia 10), o ex-juiz protagonizou uma mudança total: desistiu da pré-candidatura à Presidência da República e trocou de partido, anunciando que irá para o União Brasil.

Na nota em que confirma as mudanças, explica que pretende "facilitar as negociações" em torno de uma candidatura única ao Planalto.

José Luiz Datena

O apresentador José Luiz Datena já passou por vários partidos políticos do Brasil nos últimos anos.

O primeiro partido ao qual se filiou foi o PT, ainda nos anos 1990. Mas desde que saiu da legenda, em agosto de 2015, acumulou outras seis siglas ao currículo. Ao sair do PT, Datena se filiou ao PP. Cinco meses depois, anunciou que sairia da legenda após denúncias de recebimento de propina.

O apresentador só voltou a se filiar novamente a um partido político em setembro de 2017, quando entrou no PRP. Em junho de 2018, anunciou sua pré-candidatura ao Senado por um novo partido: o DEM. A candidatura não decolou e, menos de dois anos depois, Datena migrou para um novo partido, o MDB. Em março de 2020, ele chegou à sigla para negociar uma candidatura à prefeitura de São Paulo nas eleições municipais daquele ano, o que não aconteceu. Ele saiu da sigla em abril de 2021

Em julho de 2021, anunciou sua filiação ao PSL e se colocou como pré-candidato à Presidência da República. Em novembro, disse que iria sair do partido para se filiar ao PSD em busca de uma cadeira no Senado, mas desistiu tanto da campanha como da desfiliação.

Hoje, com a fusão entre os antigos PSL e DEM, que originou o União Brasil, Datena segue filiado à nova sigla e não pretende disputar as eleições em 2022.

Jair Bolsonaro

O atual Presidente da República atualmente está no PL. Contudo, o ex-deputado federal pelo Rio de Janeiro somou passagens em 7 partidos.

A sua filiação mais curta foi no PFL, onde esteve por quatro meses em 2005. Depois, teve sua relação mais longa: PP, por 11 anos. Na legenda que o elegeu ao Planalto, o PSL, Bolsonaro ficou por menos de dois anos.

Cabo Daciolo

O pastor e ex-candidato ao governo do estado do Rio de Janeiro também migrou de partido muito rápido. Seu primeiro partido foi o PSOL, em 2014, mas desde então já passou por outras seis siglas. Tanto no Patriota quanto no Podemos ficou cerca de um ano.

Em março de 2020, se filiou ao PL em busca de apoio para concorrer à prefeitura do Rio de Janeiro. Seis meses depois, sem apoio do partido, anunciou sua desfiliação. Em março de 2021, chegou a ser ventilada uma filiação ao PTB, em meio a negociações para disputar uma cadeira do Senado, mas não houve confirmação.

Em outubro de 2021, comunicou a filiação ao PMB para disputar a presidência da República. Dois meses depois, anunciou que desistiu da corrida. No último dia 15 de março, Daciolo anunciou filiação ao PROS, por onde deve concorrer ao governo do estado do Rio de Janeiro.

Ademir da Guia

Um dos grandes ídolos do Palmeiras foi eleito vereador na capital de São Paulo em 2004. Filiado ao PCdoB naquele ano, visando as eleições, ele abandonou a sigla ainda no primeiro ano de mandato após ser acusado de desviar de salários de funcionários de seu gabinete.