Denúncias contra Gabriel Monteiro não param de chegar, diz vereador do PSOL
Novas denúncias contra o vereador Gabriel Monteiro (sem partido) continuam chegando ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, afirmou Chico Alencar (PSOL-RJ), durante entrevista ao UOL News.
O ex-policial militar é acusado de estupro, assédio sexual e moral por ao menos 14 mulheres. Hoje, o Conselho de Ética decidiu por unanimidade abrir representação contra o vereador. Esse é o primeiro passo para punição por falta de decoro parlamentar e possível cassação do mandato dele.
Alencar, que é membro do Conselho de Ética da Câmara do Rio, comparou o caso de Gabriel Monteiro com o de João de Deus — médium condenado a mais de 100 anos de prisão por crimes sexuais cometidos da cidade de Abadiânia, no interior de Goiás.
"Novas denúncias [contra Gabriel Monteiro] não param de chegar. É um destampatório", disse o vereador do PSOL. "[No caso de João de Deus], quando uma pessoa denunciou um assédio, isso virou uma avalanche e ele está aí preso."
O parlamentar destacou que não é competência do Conselho de Ética fazer nenhum procedimento criminal. "Isso é com a polícia, o Ministério Público e outras instituições do Estado. A nós, cabe verificar a ofensa, a ética e o decoro parlamentar."
No âmbito do decoro parlamentar, Chico Alencar afirmou que os vereadores vão investigar a manipulação de pessoas vulneráveis para fazer vídeos íntimos e possíveis ganhos financeiros que Gabriel Monteiro teve com esses conteúdos.
Em denúncias exibidas pela TV Globo, pessoas que trabalharam com o ex-policial, que também é influenciador digital com 6,2 milhões de inscritos no YouTube, relataram rotinas de assédio moral, sexual e agressões físicas.
Uma adolescente de 15 anos prestou queixa à polícia denunciando o vazamento de um vídeo íntimo por Monteiro.
"Um relato que foi feito no programa 'Fantástico' do último domingo chegou antes a mim. A menina, na medida que ia descrevendo os fatos, relembrando aquilo, caiu num pranto muito forte. A veracidade desses relatos é muito grande, eles têm uma forma genuína de serem descritos", descreveu Alencar.
"Vamos trabalhar para verificar a veracidade de tudo isso. Se comprovada, a pena máxima que um Conselho de Ética pode fazer é retirá-lo do exercício do mandato", completou.
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