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Deputado do PL diz que coordenador do MBL agrediu assessor na Alesp

Juliana Arreguy e Leonardo Martins

Do UOL, em São Paulo

12/04/2022 18h54

O deputado estadual Gil Diniz (PL) interrompeu a sessão de hoje (12) do Conselho de Ética da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), que votava o pedido de cassação de Arthur Do Val (União Brasil), para dizer que um de seus assessores foi agredido por Renato Battista, ex-assessor de Do Val e um dos coordenadores do MBL (Movimento Brasil Livre).

"Só para avisar que um assessor meu foi agredido pelo Renato Battista, membro do MBL, ex-chefe de gabinete desse vagabundo aqui... Está na delegacia agora fazendo boletim de ocorrência", declarou o deputado estadual pelo PL.

Battista é pré-candidato a deputado estadual pelo União Brasil de São Paulo. Ele foi assessor de Do Val —também conhecido como Mamãe Falei— na Alesp entre janeiro e novembro de 2021. Antes, havia sido assessor do gabinete de liderança do Patriota na Casa entre fevereiro de 2020 e janeiro de 2021.

Ao UOL, o delegado Eder Pereira e Silva, que atua na delegacia da Polícia Civil localizada dentro da própria Alesp, disse que um ex-assessor do deputado Gil Diniz estava ao telefone quando um apoiador de Mamãe Falei o agrediu e derrubou seu celular. Na sequência, ainda segundo o delegado, o apoiador desferiu um soco no olho do ex-assessor de Diniz.

Embora o delegado não tenha fornecido nomes, a reportagem apurou com parlamentares e assessores que Rafael Feltrin foi a vítima da agressão. Ele é ex-assessor de Gil Diniz e ficou lotado no gabinete do deputado entre 15 de fevereiro e 8 de abril deste ano. O ex-assessor de Diniz fazia um vídeo no celular em um dos corredores da Casa no momento em que foi agredido.

Um boletim de ocorrência por lesão corporal foi registrado na delegacia da Alesp. O UOL entrou em contato com o MBL, o União Brasil e o gabinete de Gil Diniz, mas não teve retorno até a publicação deste texto. O espaço permanece aberto para manifestações.

Após a interrupção de Diniz, a sessão continuou. O pedido de cassação de Do Val foi aprovado pelo Conselho de Ética e seguirá para votação no plenário Alesp.