Topo

Bolsonaro defende 'armas para cidadão de bem' em Goiás e ataca MST

Presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia alusiva a Regularização Fundiária - Alan Santos/Presidência da República
Presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia alusiva a Regularização Fundiária Imagem: Alan Santos/Presidência da República

Hygino Vasconcellos

Colaboração para o UOL, em Balneário Camboriú (SC)

20/04/2022 13h35

O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender hoje o armamento da população durante a entrega de títulos de regularização fundiária em Goiás.

"O Brasil é um país cristão, nós somos contra o aborto, nós somos contra a ideologia de gênero, nós defendemos a família, nós defendemos a propriedade privada, nós queremos arma de fogo para o cidadão de bem", disse o presidente sendo interrompido por gritos da plateia.

"Todos vocês, cidadãos de bem, sabem que a arma, em especial em locais mais distante, é a garantia da vida de vocês. E para todos nós aqui, não se esqueçam que povo armado jamais será escravizado. Tem um ladrão por aí que vive dizendo que sonha desarmar o povo", complementou.

A fala ocorre um dia após vir à tona a promessa de R$ 1 bilhão da lei Rounet para conteúdo pró-armas, feita por André Porciuncula, então secretário nacional de Incentivo e Fomento à Cultura, e o responsável por analisar e aprovar propostas que desejam se enquadrar na Lei de Incentivo à Cultura.

Além da defesa das armas, Bolsonaro atacou o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) ao interromper a fala do presidente do Incra, Geraldo José da Camara Ferreira de Melo Filho.

"Estamos libertando o povo da escravidão dos caciques do MST. Estamos dando dignidade aos assentados, que passam agora a ser parceiros dos fazendeiros e não mais inimigos."

Bolsonaro voltou a dizer que o próximo presidente da República, eleito no final deste ano, vai poder indicar dois ministros para o STF (Supremo Tribunal Federal). E salientou que a inflação e o aumento de preços - como o da gasolina -, são reflexos da pandemia e da guerra entre Rússia e Ucrânia.

Governador é vaiado e precisa esperar para falar

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (Democratas), foi vaiado pelo público e precisou esperar cerca de três minutos para poder falar. O mestre de cerimônias chegou a pedir silêncio, mas a gritaria continuou. Ao ver que a situação não iria mudar, o político começou a discursar, sendo vaiado todo o tempo.

Caiado relembrou da campanha de 1989 para presidência da República e disse que, na época, "poucos homens tinham coragem de enfrentar a esquerda no Brasil". "A maioria se acovardava, a maioria ia para debaixo da cama. Nós levantamos esse Brasil."