PF devolve arma disparada acidentalmente em aeroporto a ex-ministro do MEC
O advogado Luiz Carlos Neto, que atua na defesa de Milton Ribeiro, afirmou ao UOL que a PF (Polícia Federal) já devolveu a arma de fogo ao ex-ministro da Educação. Ontem, um disparo acidental do revólver do ex-chefe do MEC no Aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, deixou uma funcionária da Gol ferida, porém sem gravidade — ela teria sido atendida no próprio local.
Neto informou que Ribeiro se deslocava de Brasília para São Paulo em razão da mudança de domicílio, após entregar o apartamento funcional. O disparo aconteceu por volta de 17h, quando o ex-ministro estava no balcão da Latam. A funcionária da Gol — que estava no guichê ao lado — foi atingida por estilhaços e atendida imediatamente.
A funcionária foi atingida por estilhaços, mas sem nenhum ferimento grave. Ela está bem e recebendo suporte da GOL. Empresa, em comunicado
Em depoimento à PF, o ex-ministro afirmou que, depois de abrir sua pasta de documentos, pegou a arma para separá-la do carregador "dentro da própria pasta" — momento em que teria ocorrido o disparo. À corporação, Ribeiro disse que, por medo de expor sua arma de fogo publicamente no balcão, ele teria tentado tirar a munição dentro da pasta.
"Como havia outros objetos dentro da pasta, o local ficou pequeno para manusear a arma", justificou o ex-ministro. "O projétil atravessou o coldre e a pasta e se espalhou pelo chão".
Leia a íntegra da nota de defesa de Milton Ribeiro:
"A arma já foi devolvida pelo delegado da Polícia Federal ao ex-ministro Milton Ribeiro porque prevaleceu o entendimento de que tudo não passou de um acidente provocado por um cuidado excessivo de não tirar a arma de dentro do bolso em público, a fim de não expor nem constranger as pessoas presentes —e também devido ao zelo de não circular com sua arma carregada.
Trata-se de um incidente passado, que não afetou ninguém e que ocorreu enquanto ele deixava seu apartamento funcional, em Brasília, durante processo de mudança para São Paulo."
Ex-ministro do MEC envolvido em escândalo
Milton deixou o cargo em 28 de março, uma semana depois da divulgação de áudio em que ele afirmava que o governo federal priorizava prefeituras ligadas a dois pastores que não têm vínculo formal com a gestão pública.
Quando assumiu a pasta, em julho de 2020, ele era visto como um perfil discreto em relação ao antecessor Abraham Weintraub.
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