Forças Armadas aprovaram compra de 11 mi de doses de Viagra, diz deputado
O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) solicitou hoje a convocação pela Câmara do ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira para explicar a autorização de compra de 11 milhões de comprimidos de Viagra pelas Forças Armadas. Vaz identificou que essa conta poderia chegar a mais de R$ 33 milhões.
De acordo com nota da assessoria do deputado, os dados foram coletados do Portal da Transparência e do Painel de Preços do Governo. São 10 empenhos do governo federal para aquisição de 11,2 milhões de comprimidos do Citrato de Sildenafila (Viagra), no período entre 2019 e 2022.
O pedido, feito para a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, levou a um contrato firmado entre o Laboratório Farmacêutico da Marinha Brasileira (UASG 765741) e a empresa EMS S/A.
Segundo Elias Vaz, o contrato também inclui a transferência da tecnologia de fabricação do Viagra para o Laboratório da Marinha.
"Queremos saber do ministro qual o critério adotado para decidir a produção de medicamentos pelas Forças Armadas. Por que a opção de investir dinheiro público para fabricar Viagra em detrimento de outros remédios, como antibióticos e analgésicos, por exemplo?", escreve Vaz no documento.
O UOL entrou em contato com o Ministério da Defesa e com as Forças Armadas em busca de posicionamento. A matéria será atualizada em caso de manifestação.
"É inacreditável": Viagra, próteses penianas e MPF
Afirmando, na convocação, que "o governo ignora as reais necessidades da população", Vaz opina que "a estrutura das Forças Armadas poderia ser usada na fabricação de medicamentos que realmente fizessem a diferença na vida das pessoas. É inacreditável".
No entanto, essa não é a primeira vez que o deputado questiona compras das Forças Armadas.
No dia 11 de abril, Elias Vaz já havia solicitado que o MPF (Ministério Público Federal) investigasse as compras de 60 próteses penianas, no valor de R$3,5 milhões, para unidades ligadas ao Exército e de 35 mil comprimidos de Viagra, com indícios de superfaturamento.
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