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Pacheco critica atos que pedem o fechamento do STF: 'Anomalias graves'

18.nov.2021 - O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), durante sessão na Casa - Waldemir Barreto/Agência Senado
18.nov.2021 - O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), durante sessão na Casa Imagem: Waldemir Barreto/Agência Senado

Colaboração para o UOL

01/05/2022 19h26Atualizada em 02/05/2022 07h47

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), criticou, em publicação nas redes sociais, o que chamou de "manifestações ilegítimas e antidemocráticas" durante o Dia do Trabalhador, comemorado hoje.

"Mas manifestações ilegítimas e antidemocráticas, como as de intervenção militar e fechamento do STF, além de pretenderem ofuscar a essência da data, são anomalias graves que não cabem em tempo algum", escreveu.

Pacheco não se referiu a um pré-candidato ou liderança política especificamente, mas pautas como as que elencadas pelo senador já foram vistas em manifestações de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL).

A equipe do UOL flagrou, durante a manifestação bolsonarista em São Paulo, cartazes contra o STF (Supremo Tribunal Federal). "STF, câncer do Brasil"; "impeachment já, Barroso" foram algumas das frases. Alguns manifestantes ainda aparecem ao lado de um caixão com a foto do ministro Alexandre de Moraes, onde se lê: "Enterro das ações do Alexandre de Moraes". Uma outra faixa dizia "Fora, Pacheco", em referência ao presidente do Senado.

Antes, Pacheco defendeu a existência de protestos nessa data. "Manifestações populares são expressão da vitalidade da Democracia. Um direito sagrado, que não pode ser frustrado, agrade ou não as instituições. O 1º de maio sempre foi marcado por posições e reivindicações dos trabalhadores brasileiros."

Atos a favor de Lula e Bolsonaro ocorrem esvaziados

O Dia do Trabalhador foi marcado por manifestações a favor do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em diferentes pontos do país. Porém, apesar das convocações de ambos os lados, os dois eventos ocorreram com presença do público abaixo do esperado.

Em São Paulo, os atos ocorreram em dois pontos — distantes a cerca de 3 km um do outro. Na Avenida Paulista se reuniram os manifestantes favoráveis ao governo Bolsonaro. Já no Pacaembu os apoiadores de Lula. Procurada pelo UOL, a Polícia Militar não apresentou estimativas de público.

No ato pró-Bolsonaro, a concentração ocorreu em frente ao MASP (Museu de Arte de São Paulo) e os manifestantes se concentraram em duas quadras da Paulista, mas se espalharam em outros pontos da avenida, com bastante espaçamento. Bolsonaro não participou, mas mandou um vídeo no qual disse que deve lealdade aos apoiadores.

Já no ato pró-Lula ocupou a metade da Praça Charles Miller - em frente ao Estádio do Pacaembu -, que tem 55 mil metros quadrados. O ex-presidente participou da manifestação e inicialmente pediu aos policiais: "Erram, mas salvam vidas". Ontem, Lula disse: "Ele [Bolsonaro] não gosta de gente, ele gosta de policial". O ex-presidente Lula também reservou parte do seu discurso para criticar Bolsonaro.