Preso, Sérgio Cabral gasta R$ 1,5 mil com esfihas e kafta em um dia
Preso na Unidade Prisional da Polícia Militar, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral usou um aplicativo de entregas e gastou R$ 1.508 num pedido de comida árabe. As informações foram divulgadas pelo Fantástico no domingo (1º) após uma fiscalização da Justiça do Rio.
O pedido, feito em 27 de abril, foi registrado em um caderno encontrado por agentes da Vara de Execuções Penais. No papel, também foram anotadas compras em dinheiro, crédito e débito.
No pedido feito ao restaurante árabe, Cabral encomendou esfihas, kafta, lentinhas, além de coalhada, falafel e outros itens. Agentes também encontraram celulares, anabolizantes e cigarros eletrônicos na cela de Cabral.
No caderno, também há orientações sobre a comida. No caso das esfihas, com custo de R$ 300 por 60 unidades, é dito que elas precisam estar "dispostas por tamanho e sabores, em razão da nossa demanda de saída".
No dia da fiscalização, Cabral e outro preso, o tenente-coronel Claudio Luiz de Oliveira, condenado a 36 anos de prisão pela morte da juíza Patricia Acioli, foram surpreendidos. Eles estavam em uma área externa quando o oficial militar foi flagrado recebendo uma sacola verde.
"Quando ele me viu, ele ficou sem ação e jogou a sacola por cima da cerca. Mas acho que ele se assustou e não jogou com tanta força. Ela caiu dentro da unidade", afirmou o juiz Marcelo Rubioli ao Fantástico.
Dentro da sacola, além dos dois celulares, estavam mais de R$ 4 mil em dinheiro e vários cigarros de maconha.
Após a fiscalização, a Justiça do Rio determinou a transferência de Cabral para uma unidade de segurança máxima. Na Unidade Prisional da PM, onde Cabral era mantido, ficam detidos policiais militares e presos com direito a prisão especial.
O UOL procurou a defesa do ex-governador Sérgio Cabral, mas aguarda retorno.
Cabral foi condenado por 22 processos criminais na Operação Lavo Jato, como corrupção, lavam de dinheiro e organização criminosa. Somadas, as penas podem chegar a 407 anos.
Em nota enviada ao Fantástico, a defesa de Cabral afirmou que nenhuma irregularidade foi encontrada na cela dele e que "nenhum dos objetos encontrados em áreas comuns foi relacionado ao ex-governador". A defesa do coronel também afirmou que nenhum objeto foi encontrado na cela dele.
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