Deputados aprovam convite para ministro da Defesa explicar compra de Viagra
A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados aprovou hoje um requerimento para convidar o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, a prestar esclarecimentos sobre a compra de citrato de sildenafila, nome genérico do Viagra, pelas Forças Armadas. O remédio é usado tipicamente para tratar disfunção erétil.
A audiência acontecerá no dia 8 de junho. Como se trata de um convite, e não convocação, o ministro pode não comparecer à reunião.
Inicialmente, o deputado Elias Vaz (PSB-GO), autor do requerimento, havia pedido que o ministro fosse convocado, mas os parlamentares concordaram em alterar a proposta.
Durante a votação, os deputados também aprovaram que Paulo Sérgio seja questionado, na mesma ocasião, sobre a compra de próteses penianas pelas Forças Armadas e pela participação da instituição nas eleições deste ano.
Relembre o caso
No mês passado, o deputado Elias Vaz identificou a autorização de compra de 11 milhões de comprimidos de Viagra pelas Forças Armadas, o que poderia chegar a um gasto de mais de R$ 33 milhões.
Os dados foram coletados do Portal da Transparência e do Painel de Preços do Governo. São 10 empenhos do governo federal para aquisição de 11,2 milhões de comprimidos do Citrato de Sildenafila (Viagra), no período entre 2019 e 2022.
Em nota na época, a Marinha respondeu que os processos de aquisição são para o tratamento de pacientes com hipertensão arterial pulmonar, "doença grave e progressiva que pode levar à morte". O Exército também apresentou a mesma justificativa, dizendo que os hospitais da corporação, que atende os militares e seus dependentes, devem ter o medicamento para tratar a condição.
"A sildenafila foi liberada em bula para hipertensão arterial pulmonar na dose de 20mg, que pode ser receitada na posologia de 20mg de 8/8 horas até o máximo de 80mg (quatro comprimidos) de 8/8 horas. A programação terapêutica é feita com essa dose. Usar doses de 25mg (como a do Viagra) não traz impactos graves à saúde, porém, segue programação e posologias diferentes das estudadas, com doses excedentes ou inferiores às recomendadas", disse a especialista.
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