Pacheco: 'Não podemos admitir sequer uma bravata sobre fechamento do STF'
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu ontem a atuação do STF (Supremo Tribunal Federal) e disse que o Brasil "não pode admitir sequer uma bravata relacionada a fechamento do Supremo". A declaração foi dada por Pacheco em entrevista à GloboNews na noite de ontem.
Não podemos admitir sequer uma bravata relacionada a fechamento do Supremo, a cancelamento de eleições, a volta de ditadura militar ou de atos institucionais, que foi uma página triste da história nacional. Rodrigo Pacheco, presidente do Senado
Questionado a respeito das eleições de outubro, que tem sido alvo de ataques recorrentes quanto à sua segurança, e a proposta do voto impresso, que chegou a tramitar na Câmara, mas não teve seu relatório aprovado na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), o parlamentar disse que iniciativas como essa precisam ser "rechaçadas".
"Nós temos que rechaçar iniciativas desse tipo, reafirmar a higidez da Justiça Eleitoral brasileira [...] Não precisamos de briga, mas de posições firmes", afirmou Pacheco ao avaliar que as instituições brasileiras não demoraram para atuar em resposta a ataques à Justiça Eleitoral.
"A Justiça Eleitoral tem a atribuição constitucional de cuidar do processo eleitoral e da escolha de seus representantes. Imagine uma Justiça especializada, composta por magistrados, membros do Ministério Público, por advogados que compõem através de indicação as Cortes eleitorais Brasil afora, nos estados, que tem um grande orçamento e que cuida desse tema. Se há necessidade de algo além disso? Evidentemente que não", disse o presidente do Senado.
A escolha dos candidatos no processo eleitoral é coisa que deve ser cuidada pelo Poder Judiciário. Aliás, o Poder Executivo tem membros que disputam a eleição, o Poder Legislativo tem membros que disputam a eleição. E candidato não pode pautar eleição. A eleição é definida por uma Justiça especializada vinculada ao Poder Judiciário e isso deve ser respeitado no Brasil. Rodrigo Pacheco, presidente do Senado
Em entrevista ao UOL na última sexta-feira (6), Pacheco rebateu as declarações do presidente Jair Bolsonaro (PL). Em transmissão feita um dia antes, o chefe do Executivo federal revelou a intenção de, junto a seu partido, contratar uma empresa privada para auditar as eleições.
O senador falou ao UOL News hoje ser "óbvio que uma auditoria de voto impresso no Brasil é inexequível porque não há voto impresso no Brasil, é eletrônico e assim será esse ano", contrariando uma afirmação de ontem feita por Bolsonaro: "[a empresa privada contratada] pode falar que é impossível auditar e não aceitar fazer o trabalho, olha a que ponto nós vamos chegar".
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