Bancada do PL contraria governo e indica deputado mineiro a vice da Câmara
A destituição do deputado Marcelo Ramos (PSD-AM) da vice-presidência da Câmara abriu um cenário de disputa interna no PL, partido de Jair Bolsonaro, o qual terá direito à vaga. Além de um candidato oficial, indicado pela liderança da legenda, outros parlamentares da sigla comandada por Valdemar da Costa Neto também já se movimentam para entrar na disputa.
O nome defendido pelo Palácio do Planalto para ser o indicado pelo partido é o do deputado Vitor Hugo (PL-GO), pré-candidato ao governo de Goiás e um dos principais aliados de Bolsonaro no Congresso. Contudo, em reunião da bancada, o deputado que teve mais apoio foi Lincoln Portela (MG).
O líder da sigla, Altineu Cortês (RJ), defendeu a candidatura de Portela, mas admitiu que outros nomes irão se candidatar de forma avulsa. Como é o caso do coordenador da Frente Parlamentar da Segurança Pública e vice-presidente do PL, Capitão Augusto (PL-SP), que já protocolou sua candidatura sem o apoio oficial do partido.
Outra aliada de Bolsonaro, a deputada Carla Zambelli (PL-SP), também ensaiou lançar uma candidatura avulsa, segundo fontes, mas desistiu para apoiar a possível oficialização de Vitor Hugo.
Ontem, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), Arthur Lira (PP-AL), anunciou uma nova eleição para decidir três cargos da Mesa Diretora. Isso porque o ministro Alexandre de Moraes, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), reconsiderou uma decisão de abril que mantinha Ramos no posto, afirmando hoje que a eleição para a Mesa é um assunto interno da Câmara.
Além de Marcelo Ramos, Marília Arraes (Solidariedade-PE) e Rose Modesto (União-MS), que ocupam a segunda e terceira secretaria, respectivamente, também foram destituídos de suas funções.
No PSDB, a candidata à segunda secretaria deve ser a deputada Geovania de Sá (SC). Já na bancada petista, o nome mais cotado para assumir a terceira secretaria é de João Daniel (SE).
A disputa interna do PL, que atualmente abriga boa parte dos parlamentares eleitos na onda do bolsonarismo, repete o padrão dos conflitos do antigo PSL, partido que elegeu Bolsonaro em 2018.
O PSL teve trocas constantes de líderes e rachas ao longo da atual legislatura até a sua fusão com o DEM que resultou no União Brasil.
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