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Governo do RJ anula nomeação de amigo e ex-assessor de Bolsonaro para cargo

Waldir Ferraz e Jair Bolsonaro, ambos do PL - Reprodução/Instagram
Waldir Ferraz e Jair Bolsonaro, ambos do PL Imagem: Reprodução/Instagram

Do UOL, em São Paulo*

07/06/2022 23h58Atualizada em 08/06/2022 00h10

O Governo do Rio de Janeiro anulou a nomeação do jornalista Waldir Ferraz, ex-assessor e amigo do presidente Jair Bolsonaro (PL), para exercer o cargo de assistente na Superintendência de Promoção Institucional, da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer.

O ato foi assinado Nicola Moreira Miccione, secretário de Estado de Casa Civil, e publicado na edição desta terça-feira no Diário Oficial do Rio.

De acordo com a publicação, Waldir foi nomeado para o cargo em ato publicado no Diário Oficial no dia 26 de maio de 2022.

Segundo a Folha de São Paulo, o cargo, com salário bruto de R$ 9 mil, era ocupado contra a vontade do ex-assessor do presidente, que deve concorrer ao cargo de deputado federal pelo Rio de Janeiro no pleito deste ano. Atualmente, o jornalista é filiado ao PL, mesmo partido do mandatário e amigo.

Ao jornal, Waldir esclareceu que, apesar da participação em eventos políticos, só deverá decidir se vai disputar algum cargo quando chegar as convenções partidárias, previstas para ocorrer entre julho e agosto.

Polêmicas

Em janeiro, Waldir, que é uma espécie de "faz-tudo" da família presidencial, se tornou assunto após declarações relacionadas à suposta prática de "rachadinha" em gabinetes do clã Bolsonaro.

Na ocasião, à revista Veja, ele afirmou que Ana Cristina Valle, ex-mulher do presidente, foi responsável por comandar o esquema nos gabinetes do então deputado federal e dos filhos Flávio e Carlos. Poucas horas após a publicação, Waldir negou as declarações — e a revista acabou publicando os áudios.

Amigo do presidente desde o fim dos anos 1980, Waldir (ou Jacaré) já atuou como segurança, assessor e motorista dos Bolsonaro. No início deste ano, Waldir era assessor especial do governo do Rio, com salário bruto de R$ 12 mil, na gestão de Cláudio Castro (PL), aliado do presidente.

Em 2020, foi candidato a vereador no Rio de Janeiro, sem sucesso, apesar do cabo eleitoral ilustre. No ano anterior, recebeu a honraria de Comendador (terceira de cinco níveis) na Ordem de Rio Branco, no Itamaraty.

*Com Lola Ferreira, do UOL, no Rio