STF manterá 'vigilância suprema' em prol da higidez das eleições, diz Fux
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Luiz Fux, afirmou hoje (1º) que a Corte manterá uma "vigilância suprema" em prol da higidez das eleições. O magistrado fez a declaração durante a sessão que marca o encerramento do semestre, e também o início do fim de seu mandato à frente do tribunal.
Fux deixará a presidência do STF em setembro, passando o bastão para a ministra Rosa Weber, atual vice-presidente. Os trabalhos de transição já começaram.
O Supremo Tribunal Federal permanecerá vigilante e sempre à altura de sua mais preciosa missão: a de guardar a Constituição Federal com zelo pela segurança jurídica, com atenção ao sentimento constitucional da população brasileira, mantendo a sua vigilância suprema em prol da higidez da realização das eleições no nosso país.
Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal
Ao encerrar o semestre, o ministro agradeceu o "apoio incondicional" dos colegas e disse que o tribunal seguirá na "caminhada de esperança em direção ao futuro".
Fux adiantou que o Supremo deverá se debruçar em agosto temas como regras do processo eleitoral, discussões trabalhistas, mudanças no teto de gastos da administração pública e questionamentos à nova lei de improbidade, tema de grande interesse do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Durante café da manhã com Fux na quarta-feira (29), Lira cobrou que o Supremo julgasse duas ações que questionam a nova lei de improbidade, sancionada no ano passado. Em resposta, o presidente da Corte disse que colocaria o tema em pauta ainda em agosto.
"O ex-presidente [dos Estados Unidos] Barack Obama nos relembrou que 'se não estivermos dispostos a pagar o preço' em defesa de nossos valores e não nos sacrificarmos para a concretização dos ideais que consideramos inegociáveis, 'então deveríamos nos perguntar se realmente acreditamos neles'", disse Fux.
O presidente do Supremo também elogiou o programa de combate à desinformação, afirmando que houve um "aumento expressivo de notícias falsas ou deturpadas" sobre decisões do tribunal e seus ministros.
"Tornou-se premente um reforço institucional para compreender como essa desinformação é propagada e quais contramedidas podem ser tomadas a fim de garantir à sociedade brasileira informações claras, reais, objetivas e verdadeiras sobre a atuação da Corte", disse.
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