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Carro de R$ 190 mil e investimentos: bens de Monteiro sobem 323% em 2 anos

Vereador do Rio Gabriel Monteiro - Renan Olaz/CMRJ
Vereador do Rio Gabriel Monteiro Imagem: Renan Olaz/CMRJ

Do UOL, em São Paulo

29/07/2022 08h14Atualizada em 29/07/2022 08h14

O patrimônio do vereador Gabriel Monteiro (PL-RJ) cresceu 323% em dois anos, segundo informações declaradas à Justiça Eleitoral e publicadas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Monteiro vai disputar uma vaga na Câmara dos Deputados nas eleições de 2022.

Neste ano, Monteiro detalhou ter bens que totalizam R$ 428.046,52. Foram declarados três veículos: o primeiro é avaliado em R$ 190 mil, outro tem valor de R$ 60 mil e o terceiro, R$ 20 mil.

O veículo mais caro já supera a declaração de bens feita em 2020 por Monteiro, quando ele afirmou ter R$ 101.197,18 —um veículo avaliado em R$ 21.500 e R$ 79.697 em contas bancárias.

Já em 2022, Gabriel Monteiro declarou ter R$ 89.156,21 em conta bancária, além de investimentos que somam R$ 49.617,59.

Monteiro é réu por assédio sexual e importunação sexual após denúncia de uma ex-assessora. O político também é acusado por estupro, filmar a relação sexual com uma adolescente, assédio moral e por forjar vídeos na internet —ele atualizava um canal no YouTube.

Denúncias contra Gabriel Monteiro

No início deste mês, o TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) aceitou a denúncia contra o vereador, que virou réu por assédio e importunação sexual. Como se trata de crime de violência sexual, o processo tramita em segredo de Justiça e o nome da vítima é preservado.

Gabriel Monteiro foi denunciado pelo Ministério Público no dia 14 de junho com base no inquérito da Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher) da Polícia Civil, em Jacarepaguá.

Em maio, Monteiro já havia se tornado réu na Justiça do Rio de Janeiro acusado por filmar a relação sexual com uma adolescente. As acusações foram confirmadas por ex-assessores do vereador.

O vereador responde ainda a um processo no Conselho de Ética da Câmara Municipal do Rio de Janeiro por quebra de decoro parlamentar, que pode levar à cassação do seu mandato, por participar de edição e direcionamento de vídeos expondo crianças e pessoas em situação de vulnerabilidade. Neste mês, a 14ª Vara de Fazenda Pública do TJ-RJ negou um pedido da defesa do vereador para suspender o procedimento na Câmara Municipal.

Procurada pelo UOL no início deste mês, a defesa do vereador enviou a mesma nota sobre o caso que já havia sido divulgada quando ele foi denunciado pelo MP. O texto diz que os ex-assessores que o denunciaram trabalham para a "máfia do reboque" e que a ocorrência só foi registrada horas antes de uma reportagem do Fantástico ir ao ar.