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Jornalista desiste de ser vice de Zema: 'Conviver com Aécio Neves, não'

Do UOL, em São Paulo

02/08/2022 09h15Atualizada em 02/08/2022 14h21

O jornalista Eduardo Costa (Cidadania) anunciou que desistiu de ser o candidato a vice do governador Romeu Zema (Novo), que vai disputar a reeleição em Minas Gerais. Em um vídeo publicado em seu perfil no Instagram, o apresentador disse que seu nome não foi aprovado pelo PSDB, que formou federação com o Cidadania, e que ele se recusa a conviver com o deputado federal Aécio Neves (PSDB).

Conviver com Aécio Neves, não. Eu não tenho memória curta. Eu lembro daquela história de mala de dinheiro e daquele áudio de que, se não vier, pode tomar qualquer atitude. Jornalista Eduardo Costa (Cidadania)

Segundo o jornalista, ele recebeu o convite de Zema no dia 17 de junho e ficou "muito honrado" com a proposta para fazer parte da chapa do governador.

"Na hora eu topei. O partido para o qual eu me filiei, o Cidadania, fez de tudo. O partido do governador, o Novo, me recebeu de braços abertos. Mas aí descobrimos que tinha uma tal de federação entre o PSDB e o Cidadania. O PSDB tinha que concordar", disse Costa.

"Antes que o prazo fatal chegue, que é sexta-feira, eu liguei para o governador, agradeci a gentileza dele. E estou de volta nos próximos dias à minha atividade na Rádio Itatiaia", afirmou.

Costa estava licenciado de suas funções como jornalista para respeitar a legislação eleitoral. Além de trabalhar na Rádio Itatiaia, ele também era apresentador na Record TV, mas, no vídeo, Costa não citou eventual retorno à emissora de televisão.

O jornalista também criticou o presidente estadual do PSDB em Minas Gerais, o deputado federal Paulo Abi-Ackel.

"O PSDB, de Paulinho Abi-Ackel, filho do ministro da Justiça e com relações preciosas com a ditadura? Não, não dá para conviver com essa gente", completou Costa, fazendo a referência ao fato de o tucano ser filho Ibrahim Abi-Ackel, ex-ministro da Justiça do governo de João Figueiredo.

PSDB responde e critica 'referência oportunista'

Por meio de nota, o diretório estadual do PSDB de Minas Gerais disse lamentar as declarações do jornalista nas redes sociais e afirmou que "jamais houve qualquer veto pessoal à pretensão de Costa".

"Apenas o PSDB já havia optado, como é legítimo, por apresentar o nome do deputado Marcus Pestana como candidato a governador, o que, por si só, inviabilizaria a aliança no primeiro turno com qualquer outra candidatura, inclusive a do governador Romeu Zema", diz comunicado da legenda.

Ao falar sobre os comentários de casos envolvendo Aécio, o partido chamou as declarações de "oportunistas".

"A referência oportunista a ações na Justiça que já foram esclarecidas e encerradas, não contribui para o bom debate político. Esperamos que nessas eleições o debate de ideias prevaleça sobre ataques pessoais e à honra de quem quer que seja", acrescentou a nota do PSDB.