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Chapa de Lula e Alckmin registra candidatura à Presidência no TSE

Ex-adversários, Geraldo Alckmin e Luiz Inácio Lula da Silva estarão na mesma chapa, com petista como candidato a presidente e ex-tucano como vice - Ricardo Stuckert/Divulgação
Ex-adversários, Geraldo Alckmin e Luiz Inácio Lula da Silva estarão na mesma chapa, com petista como candidato a presidente e ex-tucano como vice Imagem: Ricardo Stuckert/Divulgação

Do UOL, em São Paulo

06/08/2022 18h35

A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) registrou hoje a candidatura da chapa à Presidência da República no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

A coligação, nomeada "Brasil pela Esperança", foi oficializada com nove partidos: PT, PSB, PV, PCdoB, PSOL, Rede, Solidariedade, Avante e o Agir (antigo PTC). Esta é a maior coligação das seis eleições que Lula já disputou e a maior aliança entre os candidatos deste ano.

De acordo com o PT, o registro da candidatura foi feito pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, representante da coligação, e pelos escritórios de advocacia da campanha, Aragão e Ferraro Advogados e Zanin Martins Advogados.

O Avante e o Agir foram os últimos a entrar no grupo, na quinta-feira (4). Por meio de uma live nas redes sociais, o então candidato André Janones (Avante) confirmou que saiu da disputa para apoiar o petista. Com Lula, os dois falaram sobre propostas como o combate à fome e a manutenção do auxílio financeiro mensal de R$ 600 às famílias vulneráveis.

Ainda dá tempo de outros partidos anunciarem apoio? A janela para realização de coligações partidárias fechou na última sexta-feira, de acordo com o calendário do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A aliança oficial já está definida com os nove partidos —é esse grupo que deve ser levado em consideração para o cálculo do tempo da chapa Lula-Alckmin na propaganda eleitoral na televisão, por exemplo. Mas o PT ainda espera receber apoio de outras siglas que possam se engajar em palanques, nas redes sociais e em eventos de campanha.

É o caso do Pros, que passa por um processo de disputa judicial e trocou de comando três vezes na última semana. Eurípedes Júnior, fundador que tenta se manter na presidência do partido, já declarou que prefere abrir mão da candidatura própria e ficar ao lado de Lula.

Outro partido do qual a coligação do PT já tentou se aproximar foi o PSD, mas o presidente Gilberto Kassab preferiu a neutralidade.

Os outros candidatos também formaram coligações? Esta também é a maior coligação entre os candidatos deste ano —pelo menos até agora. Além de Lula, só o presidente Jair Bolsonaro (PL) e a senadora Simone Tebet (MDB) conseguiram apoio de outros partidos. Veja:

  • Lula: PT, PCdoB, PV, PSB, PSOL, Rede, Solidariedade, Avante e Agir
  • Tebet: MDB, PSDB, Cidadania e Podemos
  • Bolsonaro: PL, PP e Republicanos

Os outros candidatos, incluindo o ex-governador Ciro Gomes (PDT), terceiro colocado nas pesquisas, não fecharam alianças formais.

Por que a campanha de Lula ainda procura outros partidos? O objetivo principal é reduzir o número de candidatos na disputa eleitoral, para vencer no primeiro turno. A lógica é simples: quanto mais candidatos desistirem, maior a possibilidade de o ex-presidente puxar votos —se os aliados se engajarem na campanha.

Para vencer, Lula precisa ter um voto a mais que a soma dos demais concorrentes. Segundo a última pesquisa Datafolha, divulgada na semana passada, o petista contava com 47% das intenções de voto —e estava 18 pontos à frente do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Além disso, conforme o UOL havia adiantado, a equipe petista pretende formar uma espécie de "Novas Diretas", com figurões de diferentes estados e diversos partidos no mesmo palanque "unidos pela democracia".