Fachin: 'Diante de ataque a instituições, juízes não podem cruzar braços'
O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Edson Fachin, cobrou ação de juízes e dos próprios cidadãos diante os ataques às instituições, mas sem fazer referência ao presidente Jair Bolsonaro (PL). As declarações foram feitas na última sexta-feira (12) em Penha, no litoral catarinense, onde esteve para uma inauguração de uma comarca.
"Diante de ataque às instituições, os juízes também, como os cidadãos e as cidadãs, não podem cruzar os braços", disse em entrevista à NSC, afiliada da TV Globo em Santa Catarina.
Fachin falou ainda sobre o papel que espera que as Forças Armadas tenham caso uma eventual tentativa de golpe de estado aconteça no Brasil.
"Nos EUA, as forças de segurança, as forças armadas norte-americanas, imediatamente foram ao Capitólio para defender a instituição. É isso o que se espera, e estou seguro de que assim será. É o que se espera das forças de segurança no Brasil, que dentro da legalidade institucional são forças de segurança do Estado e das instituições, e não estão, como não devem estar, atreladas a qualquer governo transeunte", disse ele, numa referência aos episódios verificados nos Estados Unidos em janeiro de 2021.
Fachin afirmou ainda que os brasileiros devem ficar "com o sinal de alerta ligado" em relação ao risco de golpe e classificou a atmosfera conspiracionista presente no mundo político nos últimos meses como "uma patologia inadmissível".
"A sociedade civil só deve se armar do voto. Porque a eleição é o meio não violento, é a forma pacífica, que a sociedade tem de expor seus dissensos e escolher um ou outro candidato", defendeu o ministro na entrevista.
Na próxima quarta (17), Fachin deixa a presidência do Tribunal Superior Eleitoral, após 6 meses no cargo. A vaga será ocupada por Alexandre de Moraes.
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