Topo

Esse conteúdo é antigo

Bolsonaro provoca Macron após incêndios na França: 'Não vai apagar o fogo?'

O presidente Jair Bolsonaro e o líder francês, Emmanuel Macron, durante reunião no G20 de 2019 - Frederico Mellado/ARC
O presidente Jair Bolsonaro e o líder francês, Emmanuel Macron, durante reunião no G20 de 2019 Imagem: Frederico Mellado/ARC

Do UOL, em São Paulo

19/08/2022 23h06

O presidente Jair Bolsonaro (PL) deu uma alfinetada no presidente da França, Emannuel Macron, com quem já protagonizou atritos públicos, durante entrevista concedida na noite de hoje à rádio 98 FM.

"Há mais de 30 dias se pega fogo na França, por exemplo. Eu queria perguntar [para o] Macron: 'não vai apagar o fogo aí?'. Eu é que não vou ser deselagante com o Macron perguntando isso para ele, mas ele que sossegue lá", disse Bolsonaro.

Em agosto de 2019, Macron usou seu perfil no Twitter para se posicionar sobre as queimadas na Amazônia, chamou o problema de "crise internacional" e cobrou que os líderes do G7 tratassem urgentemente do tema.

"Nossa casa está queimando. Literalmente. A floresta amazônica, pulmão que produz 20% do oxigênio do nosso planeta, está em chamas. Isso é uma crise internacional. Membros do G7, vamos discutir essa emergência de primeira ordem em dois dias", afirmou, na ocasião.

O tom crítico adotado por Emmanuel Macron para analisar a queimada na Amazônia foi apenas mais um capítulo da relação tensa entre o presidente francês e Jair Bolsonaro. A primeira "crise" entre os políticos começou durante reunião do G20, também em 2019, em Osaka, no Japão.

Atingida por uma das piores ondas de incêndios de sua história, a França registrou emissões recordes de carbono procedentes dos gases emitidos por eles, informou nesta sexta-feira o Serviço de Monitorização da Atmosfera do Copernicus (CAMS, na sigla em inglês) da UE (União Europeia).

O órgão, que também analisa os níveis de poluição de Portugal e Espanha através do satélite Copernicus, constatou que os incêndios florestais na França provocaram um pico de emissões desde 2003, quando começaram as medições deste tipo.