'Lamentável', diz Mourão sobre ação da PF contra empresários bolsonaristas
O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) criticou a ação da PF (Polícia Federal) deflagrada hoje contra empresários bolsonaristas que defenderam um golpe de Estado caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença Jair Bolsonaro (PL) nas eleições.
Mourão chamou de "lamentável" a operação autorizada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes. "Num momento vital para o país, próximo à eleição, não posso concordar com mais essa atitude autoritária e ilegal", publicou, no Twitter.
"Abusos como esses motivaram os ingleses a formar o art.39 da Carta Magna de 1215", acrescentou Mourão, em referência ao documento que limitou o poder da monarquia na Inglaterra.
As mensagens golpistas dos empresários em um grupo de WhatsApp foram reveladas na semana passada pelo colunista Guilherme Amado, do site Metrópoles.
Além de ameaçar um golpe, os participantes do grupo Empresários & Política, criado em 2021, atacaram frequentemente instituições brasileiras como o STF, o TSE e opositores da gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL).
A operação da PF foi autorizada por Moraes dentro do chamado inquérito das milícias digitais.
Entre os alvos estão: Luciano Hang, da Havan; José Isaac Peres, da rede de shopping Multiplan; Ivan Wrobel, da Construtora W3; José Koury, do Barra World Shopping; André Tissot, do Grupo Serra; Meyer Nigri, da Tecnisa; Marco Aurélio Raimundo, da Mormai; e Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu.
Além dos mandados de busca e apreensão, Moraes também determinou a quebra dos sigilos bancários e telemáticos dos alvos, além do bloqueio de contas em redes sociais.
O que dizem os empresários bolsonaristas? Confira aqui a versão dos alvos da operação.
Celulares apreendidos na operação de hoje mostraram troca de mensagens entre o procurador-geral da República e que também é procurador-geral-eleitoral, Augusto Aras, com os alvos da operação.
As informações são do site JOTA.info a partir de fontes da PF, do STF e do MPF (Ministério Público Federal).
As fontes disseram ao veículo que foram encontradas mensagens com críticas ao trabalho de Moraes nos celulares e declarações sobre a candidatura à reeleição de Bolsonaro. Apesar de estarem em sigilo, os conteúdos das mensagens já estão sendo conversados entre os ministros do Supremo.
Nesta tarde, a PGR disse em nota que Moraes autorizou a busca e apreensão contra os empresários, mas não intimou a procuradoria-geral sobre a decisão. O gabinete do presidente do TSE negou a afirmação e rebateu às acusações.
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