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Kennedy: Moraes reagiu ao enfraquecimento das instituições por Bolsonaro

Colaboração para o UOL, em São Paulo

25/08/2022 20h06

O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes, reagiu aos ataques à democracia feitos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) ao autorizar a operação da PF (Polícia Federal) contra empresários bolsonaristas, afirmou o colunista do UOL Kennedy Alencar.

Segundo a Folha de S. Paulo, a decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) foi baseada somente na reportagem do site Metrópoles, que publicou na semana passada as mensagens golpistas trocadas entre os empresários em um grupo do WhatsApp. Nenhuma outra diligência foi feita antes de Moraes autorizar as medidas de busca e apreensão.

"O ministro agiu de forma correta. No Direito, se há indícios de crime, é possível uma medida de busca e apreensão", disse Kennedy, durante participação no UOL News.

O jornalista destacou que os empresários investigados pela PF têm "histórico de discurso golpista". "Eles financiam grupos que protestaram contra o STF. Mediante os indícios, o ministro Alexandre de Moraes tomou uma medida correta para investigar", acrescentou.

"Se [a decisão do ministro] tiver sido baseada apenas na reportagem, ela é de peso e bem feita por trazer o teor das conversas. A apreensão dos celulares pode levar a descoberta de eventuais crimes ou ligações que mereçam investigação."

"Não estamos num ambiente normal. Bolsonaro enfraqueceu as instituições brasileiras, destruiu políticas públicas e criou um clima no Brasil em que uma ameaça golpista não é um discurso de um fanfarrão num boteco — é feito pelo presidente da República e endossado por ministro da Defesa que pressiona a Justiça Eleitoral", disse Kennedy.

Kennedy: Nova regra do TSE é fruto do golpismo e terror eleitoral de Bolsonaro

O colunista do UOL também falou sobre a decisão do plenário do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de endurecer as regras para garantir a segurança do sigilo do voto.

A corte fixou que eleitores não poderão entrar nas cabines de votação com aparelhos celulares, mesmo que desligados. O uso do equipamento já é proibido por lei, mas agora os cidadãos deverão deixá-lo com mesários antes de votar.

"Isso é fruto do golpismo e do terror eleitoral que o presidente Jair Bolsonaro insiste em difundir no Brasil com as suas teorias conspiratórias e mentirosas a respeito da urna eletrônica", avaliou Kennedy.

"O TSE age preventivamente para diminuir o número de supostas alegações falsas de fraude", completou.

Chico Alves: Bolsonaro tem muito mais a perder do que a ganhar se não for a debate

O colunista Chico Alves comentou sobre a possível participação de Bolsonaro e do ex-presidente Lula (PT) no debate de domingo (28) organizado por UOL, Band, Cultura e Folha.

"Se Lula confirmar a presença no debate e o Bolsonaro não for, essa ideia de fuga certamente vai ser explorada a exaustão nas redes sociais e na campanha de TV", avaliou Alves.

"Até porque o candidato que falta aos debates usa o argumento de estar à frente das pesquisas. Agora, o candidato que está em segundo e não vai, não entendo. Só se for uma grande desconfiança da equipe de Bolsonaro sob o poder de comunicação e de oratória dele", acrescentou.

"[Se Bolsonaro faltar], pode ser muito cobrado por ser o político que está com a gestão em curso. Só que, como sabemos, o presidente que tenta a reeleição estaria na frente das pesquisas nesse momento da campanha."

"Bolsonaro é uma exceção. Se ele não for, tem muito mais a perder do que a ganhar. Se preservar nesse momento não é uma boa ideia", concluiu o jornalista.

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