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STF terá barreira antidrone e monitoramento de ameaças no 7 de Setembro

13.jul.2010 - Estátua da Justiça, em frente ao edifício-sede do Supremo Tribunal Federal, em Brasília - Carlos Humberto/SCO/STF
13.jul.2010 - Estátua da Justiça, em frente ao edifício-sede do Supremo Tribunal Federal, em Brasília Imagem: Carlos Humberto/SCO/STF

Do UOL, em Brasília

02/09/2022 16h50Atualizada em 02/09/2022 19h27

O STF (Supremo Tribunal Federal) prepara uma operação para garantir a segurança do tribunal e dos ministros no 7 de Setembro. O UOL apurou que os trabalhos vão de monitoramentos de ameaças a barreiras, inclusive antidrones, que serão montadas nos arredores da Corte. Objetivo é garantir que o cenário de ameaças tangíveis de invasão ao prédio do Supremo não se repita neste ano.

Até a localização dos ministros será um mistério: por motivos de segurança, não será revelado onde cada um dos magistrados ficará no feriado, mas todos contarão com um grupo especial de agentes da Polícia Judiciária treinados para garantir a segurança dos ministros e seus familiares.

A preocupação não é à toa: no ano passado, um grupo de manifestantes furou o bloqueio da Polícia Federal do Distrito Federal e desceram a Esplanada dos Ministérios. Havia ali a possibilidade de uma invasão ao prédio do STF — um temor compartilhado entre os ministros.

O ministro Luiz Fux, presidente do STF, cogitou acionar o Exército para proteger a sede em uma das noites mais tensas do Supremo em 2021.

Neste ano, o clima é de relativa tranquilidade. Internamente, integrantes do STF avaliam que o tribunal e as forças policiais estão mais preparadas e por isso acreditam que o 7 de Setembro não terá a mesma intensidade e risco registrados em 2021. "Vida normal", resumiu um ministro ao UOL em caráter reservado.

Não é descartado, porém, a hipótese do impensável.Para evitar isso, núcleos de inteligência avaliam ameaças a ministros e possíveis organizações durante os atos. É esperado uma alta adesão - um dos termômetros usados é a ocupação hoteleira, que já está em 100%.

O risco de invasão do prédio é considerado baixo, mas há a preocupação que alguns manifestantes isolados tentem furar as barreiras e ir para cima do tribunal. A tropa de choque da Polícia Militar, porém, ficaria responsável por acompanhar e impedir essa movimentação.

O UOL apurou que o efetivo de segurança previsto para o próximo feriado será 70% maior do que o de 2021, com reforço de servidores do STJ (Superior Tribunal de Justiça), do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, do Tribunal Regional do Trabalho e do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

Além da PM, o Supremo deve contar com avaliação conjunta de segurança com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, o Corpo de Bombeiros, a Polícia Legislativa do Congresso, a Polícia Rodoviária Federal e outros órgãos, como o Detran.

Caminhões serão expulsos da Praça dos Três Poderes, que contará com bloqueios de concreto e caminhões para impedir a aproximação de manifestantes. Uma barreira antidrone será montada para derrubar equipamentos que se aproximem do prédio do Supremo. Os manifestantes só poderão se aproximar até a região do Itamaraty.

Procurado pelo UOL, o STF afirmou em nota que a segurança do tribunal é realizada por servidores públicos de carreira, denominados policiais judiciais, que têm atribuição de proteger áreas, instalações e adjacências da Corte.

"Agentes de outros tribunais do Distrito Federal reforçarão a segurança do prédio do Supremo durante o feriado. Todos os agentes têm poder de polícia no exercício de suas funções, portam armas de fogo e equipamentos não letais, e conforme a situação poderão adotar as medidas necessárias - sempre com uso seletivo e proporcional da força", disse o STF.

O tribunal informou ainda que haverá a colaboração de agentes terceirizados que atuam na segurança patrimonial, que podem usar arma de fogo e taser quando habilitados.

"A Secretaria de Segurança do STF realizou ao longo dos últimos meses ações especializadas para identificar, avaliar e acompanhar ameaças reais ou potenciais e, com base no resultado dessas análises, definiu os riscos existentes e planejou ações que reduzam ou neutralizem esses riscos, sempre buscando atuar preventivamente", afirmou o tribunal.