Topo

Esse conteúdo é antigo

Bolsonaro diz que o 'bem sempre vence o mal' ao citar rupturas e eleição

Do UOL, em São Paulo

07/09/2022 10h00Atualizada em 07/09/2022 15h30

O presidente Jair Bolsonaro (PL) citou o golpe de militar de 1964 durante café da manhã hoje no Palácio da Alvorada e disse que a "história pode se repetir". O discurso foi feito pelo presidente a um grupo de apoiadores em sua residência oficial antes que ele partisse para a cerimônia militar de comemoração do bicentenário da Independência do Brasil, na Praça dos Três Poderes.

"Queria dizer que o Brasil já passou por momentos difíceis, mas por momentos bons: 22, 65, 64, 16, 18 e agora 22. A história pode se repetir, o bom sempre venceu o mau", disse Bolsonaro.

Além do golpe militar que deu origem à ditadura no Brasil, as demais datas citadas por Bolsonaro correspondem ao ano da revolta tenentista, em 1922, ao do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016, e ao ano em que ele foi eleito presidente, em 2018.

"Estamos aqui porque acreditamos em nosso povo e nosso povo acredita em Deus. Tá aí uma certeza: que com perseverança, fazendo tudo aquilo que pudermos fazer aqui na terra, Ele decidiu que fará para nós o que for possível para a nação", acrescentou o chefe do Executivo.

O Brasil viveu os momentos mais duros da sua história recente na época da ditadura militar, que durou 21 anos, entre 1964 e 1985. O período foi marcado por torturas e ausência de direitos humanos, censura e ataque à imprensa, baixa representação política e sindical, precarização do trabalho, além de uma saúde pública fragilizada, corrupção e falta de transparência.

Desfile em Rolls-Royce. Bolsonaro reuniu aliados no Alvorada antes de seguir à Esplanada dos Ministérios onde participa do desfile em comemoração ao Bicentenário da Independência do Brasil, em Brasília. Ele chegou ao local da parada militar por volta de 8h45, acompanhado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

Bolsonaro desembarcou do Rolls-Royce, ao lado de seguranças e aliados, e foi cumprimentar apoiadores. O chefe do Executivo foi recebido aos gritos de "mito", e percorreu um trecho da Esplanada dos Ministérios para saudar o público.

Jair Bolsonaro e a esposa, Michelle, participam do desfile em comemoração do 7 de Setembro em Brasília - 7.set.2022 - Wilton Júnior/Estadão Conteúdo - 7.set.2022 - Wilton Júnior/Estadão Conteúdo
Jair Bolsonaro e a esposa, Michelle, participam do desfile em comemoração do 7 de Setembro em Brasília
Imagem: 7.set.2022 - Wilton Júnior/Estadão Conteúdo

No início do evento, a esquadrilha da fumaça fez um show aéreo para celebrar os 200 anos de Independência e foram tocados os hinos nacional e da Independência pela banda dos Dragões da Independência e cantados por alunos do Colégio Militar de Brasília.

Apoiadores chegaram à Esplanada por volta das 7h. As vias foram fechadas desde segunda-feira (5) para reforçar a segurança na região central da capital federal.

Presença de ministros. Os ministros General Augusto Heleno, do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência), Paulo Guedes (Economia) e Paulo Sérgio Nogueira (Defesa) participam da cerimônia.

O vice-presidente, Hamilton Mourão, e o candidato a vice na chapa de Bolsonaro, Walter Braga Netto, também estão no local e chegaram por volta de 8h30. Braga Netto foi até a grade cumprimentar apoiadores.

Autoridades estrangeiras. Participam também do evento o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, além de outras autoridades estrangeiras, como José Maria Neves, presidente de Cabo Verde; general Umaro Sissoco Embaló, presidente da Guiné-Bissau; doutor Zacarias Albano da Costa, secretário-executivo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e Constantino Alberto Bacela, ministro de Moçambique para Assuntos da Casa Civil.