Desfile de 7/9 no DF tem exibição de tratores do agro e faixa contra Moraes
Com participação do presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), o desfile de 7 de setembro em Brasília teve hoje exibição de tratores do agronegócio e ao menos uma faixa, que foi recolhida por agentes de segurança dentro do perímetro do desfile militar, que pedia impeachment do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
Nos arredores da Esplanada, onde ocorreu o ato bolsonarista, porém, haviam outras faixas pedindo o impeachment dos magistrados. Foram registrados cartazes contra a maioria dos ministros da Corte — exceto os indicados por Bolsonaro, Nunes Marques e André Mendonça.
Os ruralistas tiveram uma autorização especial das Forças Armadas para participação nas comemorações dos 200 anos da Independência. A solenidade ocorre em meio ao contexto eleitoral, marcado pela polarização e pelos sucessivos ataques de Bolsonaro à confiabilidade da urna eletrônica.
Gritos de 'agro, agro'. Ao menos 28 tratores desfilaram junto aos militares, com representação dos estados, do Distrito Federal e de organizações do setor. Os veículos foram festejados pelo público presente, com gritos de "agro, agro". O setor representa um dos principais nichos de apoio ao presidente Bolsonaro.
Faixa contra Moraes. Um grupo de apoiadores exibiu durante a parada militar uma faixa com pedido de impeachment de Moraes, atual comandante do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Embora não tenha sido considerada antidemocrática, segundo agentes que estavam na equipe de contenção, a mensagem foi recolhida. Os seguranças disseram que recolheriam todas as faixas para que o monitoramento visual do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) não fosse prejudicado.
Presidente de Portugal. Bolsonaro assistiu aos festejos na Esplanada dos Ministérios, local do evento, ao lado do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo.
Os dois praticamente não interagiram no decorrer do desfile. Em vários momentos, Bolsonaro virava para trás e ficava de costas para o cortejo, confraternizando com ministros e aliados que estavam ao seu redor. A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, também acompanhou o chefe do Executivo.
Hostilidade começou cedo. A organização do evento posicionou a área de imprensa ao lado de um gradil com apoiadores do governo e espectadores do desfile militar. Desde antes do início da parada, por volta das 7h, o público já recebia repórteres, cinegrafistas e fotógrafos com gritos hostis e palavras de baixo calão direcionadas ao ex-presidente Lula.
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