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Michelle Bolsonaro, no 7 de Setembro: 'Nossa bandeira jamais será vermelha'

Colaboração para o UOL

07/09/2022 10h59Atualizada em 07/09/2022 13h05

A primeira-dama Michelle Bolsonaro foi flagrada pelas câmeras da TV Brasil, que transmitem o desfile pelo bicentenário da Independência hoje, endossando o grito "a nossa bandeira jamais será vermelha". A manifestação é comum entre bolsonaristas para se opor à cor do PT, sigla do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que protagoniza a disputa eleitoral deste ano com o atual mandatário.

Antes de ir ao desfile, o presidente Jair Bolsonaro discursou para empresários, ministros e parentes durante um café da manhã no Palácio do Alvorada. O candidato à reeleição disse que a "história pode se repetir" ao citar diversos momentos tensos do Brasil.

Queria dizer que o Brasil já passou por momentos difíceis, mas por momentos bons, 22 [revolta tenentista], 35 [intentona comunista, 64 [golpe militar], 16 [impeachment de Dilma Rousseff (PT)], 18 [eleição presidencial] e agora, 22. A história pode repetir, o bem sempre venceu o mal. Estamos aqui porque acreditamos em nosso povo e nosso povo acredita em Deus."
Jair Bolsonaro

Também no Alvorada, Bolsonaro usou uma entrevista para o canal público TV Brasil para chamar a população a comparecer aos atos do 7 de Setembro.

"O povo que hoje está indo às ruas para festejar 200 anos de independência e uma eternidade de liberdade. O que está em jogo é nossa liberdade, é o nosso futuro, e a população sabe que ela que nos dá um norte para nossas decisões", declarou.

TSE suspende outra propaganda com Michelle

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) acatou um novo pedido e suspendeu a veiculação de outra propaganda eleitoral com a primeira-dama Michelle Bolsonaro.

A representação protocolada no TSE aponta que nos dias 3 e 4 de setembro, a primeira-dama apareceu por 100% do tempo das inserções de 30 segundos da campanha do presidente veiculadas na Rede TV, TV Band, TV Globo e TV Record. A participação de Michelle em agendas, eventos e propaganda eleitoral é uma tentativa da campanha de conquistar o eleitorado feminino, que tem maior rejeição a Bolsonaro.

A solicitação foi realizada pela Coligação Brasil da Esperança, que é composta pela Federação Brasil da Esperança - PT, PCdoB e PV; Federação PSOL-Rede; Solidariedade; PSB; AGIR; Avante; e Pros.

Para o ministro e relator Paulo de Tarso Vieira Sanseverino, a propaganda com Michelle descumpriu as regras que determinam o tempo máximo de 25% na participação de apoiadores dos candidatos nas inserções e nos programas de propaganda eleitoral gratuita exibidos no rádio e na televisão.