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Vídeo mostra arsenal de Roberto Jefferson e fuzil usado contra PF

Colaboração para o UOL, em Brasília

24/10/2022 16h19Atualizada em 24/10/2022 17h33

O ex-deputado federal bolsonarista Roberto Jefferson (PTB) guardava ao menos um fuzil com mira telescópica e estoques de munições em sua casa, na cidade de Comendador Levy Gasparian, no Rio de Janeiro. A arma encontrada e apreendida na residência do político foi entregue à PF (Polícia Federal).

Ontem, o ex-congressista disparou cerca de 20 tiros com o fuzil e lançou duas granadas contra os agentes da corporação enquanto era alvo de mandado de prisão determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Dois policiais ficaram feridos depois de serem atingidos por estilhaços. O ex-deputado, que estava em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica, foi preso na noite de ontem e levado para a superintendência da corporação no Rio de Janeiro.

A decisão de prisão foi dada depois de Roberto Jefferson descumprir medidas impostas pela Suprema Corte em uma ação penal em que ele é réu por sob acusação de calúnia, incitação ao crime de dano contra patrimônio público e homofobia.

Proibido de dar entrevistas, receber visitar e usar redes sociais, o político comparou a ministra Cármen Lúcia, do STF, a "prostitutas", "arrombadas" e "vagabundas" em um vídeo publicado por sua filha Cristiane Brasil (PTB), na sexta-feira (21).

O ex-deputado bolsonarista se entregou por volta das 19h. Antes, havia afirmado que não iria deixar o local, em vídeos publicado nas redes sociais. "Eu não vou me entregar. Eu não vou me entregar porque acho um absurdo. Chega, me cansei de ser vítima de arbítrio, de abuso. Infelizmente, eu vou enfrentá-los", disse.

Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) aguardavam a saída de Roberto Jefferson, com gritos e palavras de ordem contra Moraes.

Em outro vídeo divulgado por lista de WhatsApp, o congressista mostra o para-brisa do veículo da PF estilhaçado. "Mostrar a vocês que o pau cantou. Eles atiraram em mim, eu atirei neles. Estou dentro de casa, mas eles estão me cercando. Vai piorar, vai piorar muito. Mas eu não me entrego", afirmou.