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Tucanos, ex-Dilma e antigos conhecidos de Lula: quem é quem na transição

Os economistas Persio Arida, e a senadora Simone Tebet (MDB) compõem a transição do governo Lula - Danilo Verpa/Folhapress, Edilson Rodrigues/Agência Senado e Renato Pizzutto/Band
Os economistas Persio Arida, e a senadora Simone Tebet (MDB) compõem a transição do governo Lula Imagem: Danilo Verpa/Folhapress, Edilson Rodrigues/Agência Senado e Renato Pizzutto/Band

Do UOL, em São Paulo

12/11/2022 04h00

O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), que coordena a equipe de transição do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciou nesta semana os nomes que compõem o grupo. Entre os oficializados, estão velhos conhecidos dos governos petistas, indicados por Alckmin e novos personagens.

Os primeiros integrantes do grupo foram anunciados na tarde de terça-feira (8), e complementos foram feitos ao longo da semana. São mais de 30 grupos técnicos, em uma divisão que se aproxima à dos ministérios previstos para o novo governo, e que vão analisar cada área do governo federal.

Além de economia e desenvolvimento social, entre as áreas a serem analisadas estão cultura, agropecuária, direitos humanos, educação, infraestrutura e saúde, entre outros. Alckmin, porém, explicou que a participação das equipes na transição não significa, necessariamente, que elas estarão no Executivo no ano que vem.

Ontem à noite, uma publicação feita no DOU (Diário Oficial da União) também formalizou a participação da presidente do PT, Gleisi Hoffman, e do ex-ministro Aloizio Mercadante. Os dois vão trabalhar como voluntários, diferentemente dos demais que ganham cargos formais para atuar.

Os trabalhos de transição ocorrem na sede do CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), em Brasília.

Ex-governo Dilma

São pelo menos nove nomes de ex-integrantes dos governos de Dilma Rousseff (2011-2016), além de outros que participaram também dos governos Lula. Entre os nomes que voltaram para compor a transição estão ex-ministros e ex-secretários de diferentes pastas, como Comunicações, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos.

O ex-ministro Aloizio Mercadante   - Mathilde Missioneiro/Folhapress - 28.ago.2022 - Mathilde Missioneiro/Folhapress - 28.ago.2022
O ex-ministro Aloizio Mercadante
Imagem: Mathilde Missioneiro/Folhapress - 28.ago.2022
  • Aloizio Mercadante, ex-ministro da Educação, da Ciência, Tecnologia e Inovação e ex-ministro da Casa Civil (Coordenador dos Grupos Técnicos);
  • Paulo Bernardo, ex-ministro das Comunicações (Comunicações);
  • Cesar Álvarez, ex-secretário-executivo do Ministério das Comunicações (Comunicações);
  • Márcia Lopes, ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (Desenvolvimento social);
  • Maria do Rosário, ex-ministra e ex-secretária de Direitos Humanos (Direitos Humanos);
  • Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda (Economia);
  • Nilma Lino Gomes, ex-ministra das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos (Igualdade Racial);
  • Eleonora Menicucci, ex-ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres (Mulheres);
  • Tereza Campello, ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (2011-2016);

Ex-governos Lula

Ao menos cinco ex-ministros e ex-secretários dos governos Lula (2003-2010) fazem parte agora da transição para o terceiro mandato do petista.

  • Guido Mantega, ex-ministro das pastas da Fazenda (2006 a 2014) e do Planejamento (2003 a 2004) - (Planejamento, Orçamento e Gestão);
  • Aparecida Gonçalves, ex-secretária nacional do Enfrentamento à Violência contra Mulher, nos governos de Lula e Dilma (Mulheres);
  • Miriam Belchior, ex-ministra do Planejamento e ex-presidente da Caixa;
  • Márcia Lopes, ex-secretária-executiva do Ministério do Desenvolvimento Social de Combate à Fome (2004-2008) e ex-ministra da pasta (2010-2011);
  • Paulo Okamoto, ex-presidente do Sebrae (2003-2010) e ex-presidente do Instituto Lula (Indústria, Comércio, Serviços e Pequenas Empresas)

Petistas:

11.11.22 - Gleisi Hoffmann em reunião com os partidos que integram o Conselho Político de Transição, no CCBB, em Brasília - Magno Romero - Magno Romero
11.11.22 - Gleisi Hoffmann em reunião com os partidos que integram o Conselho Político de Transição, no CCBB, em Brasília
Imagem: Magno Romero
  • Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT (Articulação Política);
  • André Ceciliano, deputado estadual no Rio de Janeiro e presidente da Alerj (Indústria, Comércio, Serviços e Pequenas Empresas);
  • André Quintão, deputado estadual em Minas Gerais, é sociólogo e assistente social;
  • Enio Verri, deputado federal pelo PT no Paraná, é professor de Economia da Universidade Estadual de Maringá (Planejamento, Orçamento e Gestão);
  • Emídio de Souza, deputado estadual em São Paulo (Direitos Humanos);
  • Jorge Bittar, ex-deputado e ex-presidente da Telebras (Comunicações);
  • Douglas Belchior, filiado ao PT, fundador da Uneafro e da Coalizão Negra por Direitos (Igualdade Racial);

Tucanos e associados ao ex-presidente FHC:

Idealizadores do Plano Real e historicamente ligados ao PSDB e ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, os economistas Persio Arida e André Lara Resende foram escalados para a transição de Lula ao lado de outros nomes para a área de Economia. Os dois foram conselheiros informais do ex-tucano Geraldo Alckmin (PSB), vice na chapa presidencial.

23.ago.2022 - O economista André Lara Resende - Antonio Scarpinetti/SEC Unicamp - Antonio Scarpinetti/SEC Unicamp
O economista André Lara Resende
Imagem: Antonio Scarpinetti/SEC Unicamp
  • André Lara Resende, ex-presidente do BNDES, ex-diretor do Banco Central, e ex-assessor da Presidência da República no governo de FHC;
  • Persio Arida, ex-presidente do BNDES (1993-1995) e ex-presidente do Banco Central;
  • Floriano Pesaro (PSB), é aliado de Alckmin e ex-deputado do PSDB (Coordenação Executiva)
  • Pedro Henrique Giocondo Guerra, ex-assessor de Alckmin no governo de São Paulo;
  • Fábio Rafael Valente Cabral, que atuou no governo de São Paulo de 2015 a 2018;

Outros nomes:

A lista de confirmados também traz outros nomes. Desde políticos próximos a Lula, mas que nunca tinham trabalhado junto a governos petistas, até a ex-adversários, como a senadora Simone Tebet (MDB). A esposa de Lula, Janja da Silva, também foi nomeada, ocupando a coordenação da organização da posse do presidente eleito.

Rosangela "Janja" da Silva - Evaristo Sá/AFP - Evaristo Sá/AFP
Janja
Imagem: Evaristo Sá/AFP
  • Janja da Silva (Coordenação da posse);
  • Simone Tebet, senadora do MDB (Desenvolvimento social);
  • Germano Rigotto, ex-governador e ex-deputado do MDB (Indústria, Comércio, Serviços e Pequenas Empresas);
  • Anielle Franco, professora, jornalista e diretora do Instituto Marielle Franco (Mulheres);
  • Maria Helena Guarezi, professora e ex-diretora de Itaipu (Mulheres);
  • Roberta Eugênio, mestre em direito e ex-assessora de Marielle Franco (Mulheres);
  • Roseli Faria, economista (Mulheres);
  • Alessandra Orofino, especialista em economia e direitos humanos (Comunicações);
  • Maria Vitória Benevides (Direitos Humanos);
  • Silvio Almeida, advogado (Direitos Humanos);
  • Luis Alberto Melchetti, doutor em Economia (Direitos Humanos);
  • Rubens Linhares Mendonça Lopes, setorial Pessoa com Deficiência (Direitos Humanos);
  • Maria Victória Benevides (Direitos Humanos);
  • Luis Alberto Melchetti, doutor em Economia (Direitos Humanos);
  • Janaína Barbosa de Oliveira, movimento LGBTQIA+ (Direitos Humanos);
  • Alessandra Orofino, especialista em economia e direitos humanos (Comunicações);
  • Guilherme Mello, economista (Economia);
  • Thiago Tobias, advogado coalizão negra (Igualdade Racial);
  • Preta Ferreira, movimento negro e moradia (Igualdade Racial);
  • Martvs das Chagas, secretário de Planejamento de Juiz de Fora (Igualdade Racial);
  • Ieda Leal (Igualdade Racial);
  • Givania Maria Silva, quilombola e doutora em Sociologia (Igualdade Racial);
  • Tatiana Conceição Valente, especialista em Economia Solidária (Indústria, Comércio, Serviços e Pequenas Empresas);
  • Jackson Schneider, executivo da Embraer (Indústria, Comércio, Serviços e Pequenas Empresas);
  • Esther Duek, economista e professora da UFRJ (Planejamento, Orçamento e Gestão);
  • Rafael Lucchesi, diretor-geral do Senai Nacional (Planejamento, Orçamento e Gestão);
  • Marcelo Ramos, deputado federal pelo Amazonas (Planejamento, Orçamento e Gestão);
  • Antônio Correia Lacerda, presidente do Conselho Federal de Economia (Planejamento, Orçamento e Gestão);
  • Paulo Feldman, professor da USP (Planejamento, Orçamento e Gestão);
  • Márcio Fernando Elias Rosa, ex-procurador-geral de Justiça de São Paulo;