Marina sobre transição: 'Hora do povo preto articular políticas públicas'

A deputada federal eleita por São Paulo Marina Silva (Rede) comemorou a presença de alguns nomes na equipe de transição do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A ex-ministra citou nomes como o da jornalista Anielle Franco, irmã de Marielle Franco —vereadora do PSOL assassinada em 2018 no Rio de Janeiro, e do advogado Silvio Almeida.

"É hora do povo preto articular políticas públicas antirracistas pra nossa sociedade", escreveu.

Relacionadas

Gleisi crítica politização, mas crê em 'fato isolado' das Forças Armadas

Marina Silva antecipa agenda climática do governo Lula na COP27

PT abre diálogo com União Brasil, e Gleisi diz negociar apoio com Bivar

Anielle Franco fará parte do grupo de Mulheres, enquanto Silvio Almeida atuará na área de Direitos Humanos. Outros nomes citados por Marina são os de Preta Ferreira (movimento negro e moradia), que está entre os indicados para a pasta de Igualdade Racial juntamente com Douglas Belchior, Nilma Lino Gomes e Givânia Maria Silva.

Os nomes foram apresentados ontem pelo vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB). Foram seis novos grupos criados pela coordenação da transição. Além de Planejamento, Orçamento e Gestão, foram criados os núcleos: Comunicações, Direitos Humanos, Igualdade racial, Indústria, Comércio, Serviços e Pequenas Empresas, e Mulheres.

Os trabalhos de transição ocorrem na sede do CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), em Brasília. Alckmin foi escolhido por Lula para liderar o processo. No início da semana, o vice-presidente já havia anunciado os nomes da equipe econômica e de desenvolvimento social.

Marina desconversa sobre assumir ministério. Nesta semana, questionada se aceitaria um convite de Lula para reassumir o Ministério do Meio Ambiente, a deputada eleita disse que o foco do petista agora seria primeiro organizar a transição e bem representar o Brasil na COP 27.

A ex-ministra também disse acreditar ser fundamental para o novo presidente ter tranquilidade para escolher os melhores nomes para os ministérios, e disse estar satisfeita por Lula ter aceitado suas propostas para o tema ambiental e os incorporado em seu plano de governo.

"O Brasil está sim suportado para ocupar o lugar que merece no cenário internacional de ser uma potência ambiental e, ao mesmo tempo, ser também uma potência agrícola, mas com sustentabilidade", concluiu.