Topo

Esse conteúdo é antigo

Antes de ir embora, Bolsonaro nomeia aliados para Comissão de Ética

1.nov.22 - O presidente Jair Bolsonaro (PL) se preparando para pronunciamento após ser derrotado nas urnas - Isac Nóbrega/PR
1.nov.22 - O presidente Jair Bolsonaro (PL) se preparando para pronunciamento após ser derrotado nas urnas Imagem: Isac Nóbrega/PR

Do UOL, em São Paulo

21/11/2022 16h41Atualizada em 21/11/2022 17h00

Antes de deixar o cargo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) nomeou dois aliados para a Comissão de Ética Pública, que é vinculada à Presidência. O mandato no grupo dura três anos e pode ser renovado por mais três, ou seja, os dois novos membros terão que lidar com o governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Os indicados são o ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, Célio Faria Júnior, e João Henrique Nascimento de Freitas, assessor especial da Presidência. Os nomes foram confirmados em edição extra do Diário Oficial da União de sexta-feira (18).

Na mesma edição, Bolsonaro também dispensou a executiva Roberta Muniz Codignoto da comissão. O mandato dela foi até setembro deste ano e havia oportunidade de renovação, mas ela renunciou, segundo o Diário.

A Comissão de Ética Pública é formada por sete membros, cuja atuação, sem remuneração, é considerada prestação de relevante serviço público. O colegiado, que consiste em uma instância consultiva do presidente da República e ministros de Estado, é responsável pela aplicação da Lei de Conflito de Interesses para altas autoridades do governo federal e ainda pela coordenação, avaliação e supervisão do Sistema de Gestão da Ética Pública do Poder Público Federal.

A decisão assinada por Bolsonaro ocorre no momento de transição entre o governo dele e de Lula, período em que o chefe do Executivo tem estado sumido das redes sociais e feito apenas uma aparição pública desde a derrota. Aliados dizem que Bolsonaro está "abatido" e "ainda assimilando a derrota", além de estar se recuperando de uma ferida na perna.

Dos 22 dias desde o segundo turno eleitoral, a agenda oficial de Bolsonaro marcou 3 dias da semana sem compromissos. Os outros 7 dias sem trabalho eram fim de semana e feriados.

Nos outros dias, o presidente se encontrou com aliados, como os ministros Ciro Nogueira, Paulo Guedes, Marcelo Queiroga e Victor Godoy. Visitas de Renato de Lima França, subchefe para Assuntos Jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência, também preencheram alguns dias da agenda.

*Com informações da Agência Estado